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Com morte de Maguito Vilela, Rogério Cruz assume como prefeito de Goiânia de maneira definitiva

Ele já respondia como prefeito em exercício desde o dia 1º, após pedido de licença de Maguito. Rogério foi eleito vereador por dois mandatos seguidos e missionário na África por 16 anos; veja carreira política dele.

Com a morte de Maguito Vilela (MDB) devido a complicações da Covid-19, Rogério Cruz (Republicanos), que era vice na chapa, assumirá de maneira definitiva o cargo de prefeito de Goiânia. Ele já respondia como prefeito em exercício desde o dia 1º de janeiro, quando os vereadores aprovaram o afastamento de Maguito por tempo indeterminado, enquanto ele estava em tratamento.

A Câmara de Vereadores ainda analisa a necessidade de alguma solenidade e como será feito o trâmite burocrático. Como o cargo de vice-prefeito ficará vago, em caso de viagem ou afastamento de Rogério Cruz, o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PROS), assume interinamente a administração da capital.

Maguito foi eleito prefeito de Goiânia com 52% dos votos no 2º turno das Eleições 2020. Ele tomou posse de forma virtual, ainda na UTI, por meio de uma assinatura de termo eletrônico. No mesmo dia, ele se licenciou do cargo.

Rogério Cruz nasceu em Duque de Caxias (RJ), no dia 1º de setembro de 1966. Ele é pastor evangélico e formado em gestão pública. Também tem experiência como radialista e administrador. É casado e tem dois filhos. Foi missionário na África por 16 anos.

Em 2010 se mudou para Goiânia. Rogério foi eleito para o cargo de vereador da capital pela primeira vez em 2012. Ele teve 7.774 votos, sendo o único candidato que teve votos em todas as urnas de todas as seções eleitorais. Já em 2016, ele foi reeleito com 8.312 votos, o quarto mais votado.

Na Câmara, ele foi presidente da Comissão das Pessoas Portadoras de Deficiência e Necessidades Especiais. Também foi membro de comissões como Direitos da Criança e Adolescentes, Direitos Humanos e Cidadania; Ética e Decoro Parlamentar; Direitos do Idoso; Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia.

Maguito Vilela, em foto durante a campanha política — Foto: Divulgação

Maguito Vilela, em foto durante a campanha política — Foto: Divulgação

Luta de Maguito contra a Covid-19

 

Maguito faleceu na madrugada desta quarta-feira (13), em São Paulo. Ele estava há quase três meses internado na UTI.

Ele testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro de 2020. Dois dias depois, ele foi internado em um hospital de Goiânia.

No dia 27 de outubro, o político recebeu diagnóstico de inflamação em 75% dos pulmões e um alerta para o nível crítico de saturação de oxigênio no sangue. No mesmo dia, ele foi transferido para São Paulo.

Maguito foi entubado três dias depois, após piora no quadro respiratório. No dia 8 de novembro, ele foi extubado, mas o político ainda precisava de suporte de oxigênio.

No dia 15, data do primeiro turno da eleição, o emedebista foi entubado pela segunda vez e passou por uma broncoscopia para verificar as causas da piora na inflamação dos pulmões.

Dois dias depois, Maguito começou um tratamento respiratório com uma máquina chamada ECMO, que funciona como os pulmões e o coração de forma artificial. Além do procedimento, o político passou por uma hemodiálise para ajudar as funções dos rins.

Maguito Vilela, em foto antes da segunda entubação na UTI do hospital de São Paulo — Foto: Reprodução

Maguito Vilela, em foto antes da segunda entubação na UTI do hospital de São Paulo — Foto: Reprodução

No dia 24, ele passou por uma cirurgia de traqueostomia, que consiste em abrir um pequeno buraco na garganta, diretamente na traqueia, para auxiliar na respiração.

No dia 1º de dezembro, ele testou negativo para Covid-19. Dois dias depois, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Novamente após dois dias, a ECMO foi retirada.

No dia 9 de dezembro, os médicos começaram a redução intensa dos sedativos. O filho dele, Daniel Vilela, chegou a dizer que o pai demonstrou plena consciência sobre ser o prefeito eleito de Goiânia.

Em 11 de dezembro, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.

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