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Artesãos Karajá pedem apoio para comercialização de produtos

O valor cultural e beleza do artesanato Karajá rendeu a este povo indígena habitante da Ilha do Bananal a declaração das bonecas Ritxokò como patrimônio cultural do Brasil em 2012. Mesmo assim, as comunidades indígenas ainda sofrem com a dificuldade no acesso às matérias-primas, transporte e comercialização de seus produtos. Estas demandas foram repassadas nesta quarta, 24, ao presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Jairo Mariano, por representantes da Associação dos Artesãos da Aldeia Fontoura.

Durante a visita, o indígena Tohobari Karajá revelou que a entidade, que está em fase de criação, já conta com cerca de 40 integrantes e tende a aumentar. Além das famosas bonecas de cerâmica, mulheres e homens Karajá produzem várias outras peças com madeira, cabaças, sementes, penas. A distância entre a aldeia e pontos de coleta do barro é uma das dificuldades.

A Associação busca apoio para aquisição de veículos e barcos a motor, assim como apoio para a organização jurídica e divulgação. Também participaram do encontro a vice-presidente da entidade, Kosi Karajá, e mais duas artesãs, bem como a superintendente de Cultura, Lorena Ribeiro, e a técnica da área de artesanato da Adetuc, Núbia Cursino.

Jairo Mariano pontuou a importância da cultura indígena para o Estado e sua disposição em levar as demandas ao governador Mauro Carlesse, bem como buscar parcerias com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Sebrae Tocantins para resolver as questões de acesso e comercialização das peças.

Os indígenas também presentearam o presidente com peças de madeira representando peixes típicos dos rios tocantinenses – pirarara, pintado e pirosca. Mariano ressaltou que as peças ficarão expostas ao público na Adetuc, em espaço dedicado ao artesanato que será aberto em breve.

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