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Aprosoja reúne autoridades, agricultores e pecuaristas para debater produção sustentável no cerrado e Matopiba

Agricultores e pecuaristas de pelo menos seis Estados do Brasil se reúnem na próxima segunda-feira, dia 15, em Palmas, com autoridades nacionais para discutir produção sustentável no país. Promovido pela Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), com apoio da Aprosoja Tocantins, o seminário “Soja Responsável – Produzindo Com Sustentabilidade Ambiental” terá palestra de membros da Embrapa Territorial, que apresentarão dados socioeconômicos e ambientais do bioma cerrado e da fronteira agrícola do Matopiba, formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O seminário será realizado no auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins, a partir das 14h, com transmissão ao vivo por plataformas digitais da entidade promotora do evento e seus dirigentes. O presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, confirmou presença. Organizadores do evento tentam a confirmação da participação dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Tereza Cristina.

Além dos produtores do Matopiba, são esperados membros da cadeia produtiva de, entre outros Estados, Goiás e Mato Grosso. Parlamentares e membros do Poder Executivo das mais diversas esferas foram convidados.

De acordo com o presidente da Aprosoja Tocantins, Maurício Buffon, no seminário os produtores, autoridades e a sociedade terão números e informações oficiais que comprovam que os produtores que atuam na região centro norte do Brasil estão dentro da legalidade, seguem o Código Florestal Brasileiro e que a região tem condições de se desenvolver, produzir mais alimentos e gerar riquezas sem prejudicar o meio ambiente. “Faremos uma discussão sobre o cerrado, o Matopiba e o desenvolvimento econômico sustentável. O agro é legal, segue as leis e o que determina o Código Florestal Brasileiro. Discutiremos esses temas com informações oficiais, fiéis e que têm origem na sua comprovação. A região está em franca expansão e não podemos travar o desenvolvimento mediante informações extraoficiais”, disse.

Ainda conforme o presidente da Aprosoja-TO, a Embrapa trará essas informações, que serão compartilhadas com os próprios produtores, autoridades e a sociedade em geral. “No Tocantins, temos 3% de área agricultável. A média do Brasil é de 7,6%. Precisamos igualar a média brasileira para desenvolver socioeconomicamente. Vamos mostrar os números de nossa produção, nossa capacidade de se desenvolver porque, de fato, há espaço para crescermos sem devastar e sem prejudicar o meio ambiente. O agro, com uma produção de 7,6% da área, não prejudica o meio ambiente. Isso é fato e digo baseado em estudos que garantem que o problema do meio ambiente não é o produtor”, ressaltou.

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Membro de grupo estratégico da Embrapa apresentará dados sobre produção e preservação no cerrado e Matopiba

A convite da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da empresa de logística VLI, o supervisor do Grupo de Gestão Territorial Estratégica da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti Amaral Castro, apresentará na próxima segunda-feira, dia 15, em Palmas (TO), dados relevantes sobre os aspectos socioeconômicos e ambientais da produção agrícola no Brasil, no bioma cerrado e na fronteira agrícola do Matopiba, formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Ele fará a palestra principal do seminário “Soja Responsável – Produzindo com Sustentabilidade Ambiental” a partir das 14h, no auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins. O encontro é promovido pela Aprosoja Brasil, com apoio da Aprosoja Tocantins e demais instituições do Estado.

Além de autoridades federais, estaduais e municipais, como membros dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, governos de Estados e prefeituras, o evento reunirá produtores rurais e profissionais do campo de pelo menos seis Estados brasileiros. “Neste evento vamos comprovar com dados que o produtor rural atua dentro da legalidade, preserva o meio ambiente. Aliás, é quem mais preserva. E que o problema dos danos ambientais não pode ser acarretado ao produtor. Queremos conscientizar autoridades, os próprios produtores e principalmente a sociedade em geral sobre esse tema”, afirmou o presidente da Aprosoja Tocantins, Maurício Buffon, que atua na organização e mobilização do seminário, juntamente com o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira.

Números

Um dos momentos mais aguardados do evento é a palestra de Gustavo Spadotti, da Embrapa. O membro da Embrapa Territorial apresentará dados específicos sobre a produção no cerrado e Matopiba.

Ele detalhará também números de estudos feitos pela instituição de pesquisa, segundo os quais, o Brasil destina à proteção e preservação da vegetação nativa mais de 66% de seu território e cultiva apenas 7,8% das terras. O dado de produção foi confirmado em levantamento da NASA, a agência espacial norte-americana, que calculou em 7,6% a área com agricultura do País. “A Embrapa mostra, por meio de dados atualizados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que os agricultores, dentro de suas propriedades, destinaram 25,6% do território nacional para preservação ambiental, evidenciando a singularidade de nossa agricultura quanto ao equilíbrio entre produzir e preservar”, afirma Spadotti.

Para efeito de comparação, a Dinamarca cultiva 76,8%, dez vezes mais que o Brasil; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido 63,9%; a Alemanha 56,9%. Até 2017, data do estudo, a área da Terra ocupada por lavouras é de 1,87 bilhão de hectares e a população mundial havia atingido 7,6 bilhões, o que resulta, numa conta simples, que cada hectare, em média, alimentaria quatro pessoas.

Perfil do palestrante

Engenheiro agrônomo formado em 2005, mestre e doutor em agricultura pela Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP/Botucatu, ele atuou como professor em universidades particulares e pesquisador em empresas de fertilizantes. É, desde 2012, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Integrou por quatro anos o setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amapá, onde foi supervisor do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias (SPAT).

Em 2015 transferiu-se para a Embrapa Monitoramento por Satélite, dentro do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (GITE). Desde 2017 é supervisor do Grupo de Gestão Territorial Estratégica (GGTE) da Embrapa Territorial, coordenando equipe de 9 analistas e pesquisadores nos projetos: Macrologística Agropecuária, Cadastro Ambiental Rural e Sistema de Inteligência, Gestão e Monitoramento dos Cerrados. É revisor de 23 revistas científicas e agências de fomento. Publicou 61 artigos em revistas indexadas, 7 capítulos de livros e apresentou mais de 130 palestras e trabalhos técnico-científicos em eventos nacionais e internacionais. (Da Aprosoja-TO, com informações da Embrapa Territorial)

Foto – Gustavo Spadotti: “A Embrapa mostra, por meio de dados atualizados do CAR, que os agricultores, dentro de suas propriedades, destinaram 25,6% do território nacional para preservação ambiental, evidenciando a singularidade de nossa agricultura quanto ao equilíbrio entre produzir e preservar” (foto: Suzi Carneiro/Embrapa/Divulgação)

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