Mandado de busca e apreensão faz parte da Operação Catarse. Investigado é suspeito de crime de peculato.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta sexta-feira (26) em Araguatins, na região norte do estado. De acordo com a Polícia Civil, a ação faz parte da operação Catarse e investiga um ex-servidor pelo crime de peculato.
Apesar do nome do suspeito não ter sido divulgado, a polícia informou que o investigado era lotado na extinta Secretaria Geral de Governo no ano de 2018, em Palmas, mas sempre morou no interior do Tocantins e recebia salário sem prestar os serviços.
De acordo com o delegado Thyago Bustorff, o investigado foi contratado como servidor temporário em março de 2018 e o contrato foi extinto em abril do mesmo ano. Já em maio de 2018 foi restaurado o termo de compromisso de serviço público de forma temporária.
“De acordo com o depoimento colhido do investigado, ele afirmou que recebia salário de R$ 1,5 mil, mas nunca realizou suas funções e continuava residindo em Araguatins”, explicou Bustorff.
As investigações foram conduzidas pela unidade especializada na repressão a crimes contra a administração pública no Tocantins.
A operação
A Operação Catarse é uma força-tarefa de várias delegacias do estado para investigar danos ao erário público. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Estado em Araguaína, norte do Tocantins, em dezembro de 2018.
Depois, mandados foram cumpridos na Secretaria-geral de Governo, no Palácio Araguaia, onde os agentes encontraram indícios de que 300 funcionários estariam recebendo sem trabalhar. Essa fase da operação inclusive foi alvo de críticas do próprio secretário de segurança pública.
Outro desdobramento ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Nacional, quando foram cumpridos mandados contra fraudes em licitações. Essa fase foi chamada de Negócios de Família. A suspeita é de que o grupo teria desviado R$ 700 mil.
Gabinetes de deputados também já foram alvo da operação Catarse. Três funcionários da Assembleia Legislativa chegaram a ser presos preventivamente. Neste caso, a suspeita é de que assessores parlamentares tinham que devolver a maior parte do salário para pessoas ligadas aos parlamentares.