Apesar de negar aumento da co-participação do servidor, secretário fala quem quiser “um pouco mais” do plano terá que pagar
Desonerar Tesouro
Ao lado da superintendente de Benefícios ao Cidadão, Carol Bueto, e do diretor do Plansaúde, Ineijaim José Brito, o secretário afirmou que o atual governo tem buscado reformular o plano do servidor desde que assumiu o Estado. Em razão da “crise fiscal” enfrentada pelo Tocantins, uma das preocupações está na desoneração do Tesouro Estadual, mas melhorando a oferta de serviços ao usuários.
Legislação
A saída para equilibrar as contas e garantir o atendimento ao usuário será por meio de uma de uma nova legislação. Conforme o secretário, a proposta ainda está sendo construída e a ideia é de que fique pronta para ir à Assembleia Legislativa em 90 dias. Reuniões já estão sendo feitas com diversas categorias para tratar da modernização, mas o secretário já indica um reajuste na co-participação do servidor.
Um pouco mais por um pouco mais
O secretário explicou que o Plansaúde precisa ter regras mais claras e se adequar a realidade. Questionado se isto significaria uma maior contrapartida do funcionalismo, Edson Cabral negou, mas não tanto. “Se quiser um pouco mais vai ter que pagar um pouco mais. Ele [o plano] vai ser justo ao que o servidor precisa”, disse. Para ilustrar, o titular da Secad citou a política de planos privados, que aumentam a mensalidade de acordo com faixa etária do usuário.
Diálogo constante
Edson Cabral ainda garantiu manter um diálogo constante sobre estas propostas de mudança de legislação não só com representantes dos servidores, mas com a operadora do Plansaúde – Infoway – e prestadores de serviço. O secretário citou que foi criado um grupo de WhatsApp onde todos – inclusive o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro – apresentam suas propostas e participam do debate. O titular ainda destacou a criação de outro canal apenas para solucionar casos urgentes, o que garante estar funcionando muito bem, evitando gastos com a judicialização.
Áudio de denúncias
O polêmico áudio com denúncias referentes ao Plansaúde foi brevemente abordado na coletiva. Citado, Ineijaim José Brito negou ter praticado qualquer delito e relatou que já entrou com uma ação judicial contra o denunciante. Já Edson Cabral reforçou o que a Secad já havia dito em nota. “ Quem acusa é que tem que fazer a apresentação das provas. Estamos tranquilos”, limitou-se.
Dívida
A busca pela regularização dos repasses aos prestadores de serviço foi uma das ações mais destacadas pelo secretário, visto que é um dos principais motivos para a suspensão do atendimento. Segundo ele, já foram pagos R$ 288 milhões em 16 meses da nova gestão. Entretanto, o Estado ainda acumula uma dívida de cerca de R$ 95 milhões com os hospitais. Deste montante, R$ 18 milhões já estão auditados e prontos para pagamento, o que, segundo afirma, serão quitados em até 20 dias. O restante ainda precisa passar por este processo de conferência.