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A Sombra de Monalisa: projeto musical amazonense mistura arte e psicologia

A Sombra de Monalisa: conheça projeto musical amazonense que mistura arte e psicologia
 
A cena amazonense de rock aguarda, há tempos, uma atualização artística para envolver o público local. O projeto ‘A Sombra de Monalisa’ lança uma nova maneira de produzir o estilo agregando elementos audiovisuais e a psicologia, através de uma narrativa dramática.
Neste primeiro de abril, o público poderá conferir o single ‘A Escuridão (ELETRO Remix)’, que acompanha um videoclipe onde vários elementos da Ópera Rock Amazonense retornam e apresenta uma progressão da estética da obra. O criador, produtor musical e guitarrista da obra, Rafael Rebelo, explica o termo: “O termo Ópera Rock não significa necessariamente que o estilo de ópera está sendo utilizado. Ópera Rock se refere a uma obra de rock que possui uma narrativa dramática, uma história com início, meio e fim, que vai sendo contada ao longo das canções, interpretadas por personagens. Também pode ter elementos de teatralidade”, disse.
A exemplo, algumas obras de Ópera Rock: The Wall (Pink Floyd), Jesus Christ Superstar, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (David Bowie), The Black Parade (My Chemical Romance).
Sobre o Projeto
A Sombra de Monalisa inaugura um novo formato de produção na cena musical amazonense como um todo: a proposta é que diferentes artistas sejam convidados e colaborem com a obra, contribuindo com seu estilo e singularidade. Por exemplo, os personagens tem dinâmicas e perspectivas diferentes e cada um dos vocalistas convidados foram escolhidos para evidenciar esses aspectos. “Os personagens foram inspirados em diversas fontes. Conforme desenvolvemos a obra, percebemos que determinados personagens tinham personalidades parecidas com pessoas reais ou personagens de obras fictícias, então agregamos à obra o que mais chamava a atenção nessas pessoas e personagens”, conta Norcirio Queiroz que é um dos idealizadores do projeto, psicólogo e um dos compositores da faixa a ser lançada.
As influências para a musicalidade do projeto são diversas, passam pelo blues, jazz, flamenco e também pela música eletrônica. “Tentei explorar ao máximo a personalidade de cada músico e também ir adaptando as músicas aos vocalistas. O Breno Fragata (tecladista e coprodutor musical) ajudou muito nessa parte de adaptação musical”, conta Rafael que além de músico e produtor musical, também atua como psicólogo.
Profissionais
A direção de cena, imagens e a finalização ficaram por conta do profissional Diego Nogueira, que enfatizou a vantagem em trabalhar com uma pré-produção em andamento: “A ideia já estava pré-concebida e fomos atrás da coisa prática, tentamos deixar o mais próximo possível do público, num formato de imersão”, relatou Diego, que acredita no audiovisual como uma grande potência do trabalho.
“A dinâmica da música era muito importante e juntos conseguimos uma linguagem visual bem bacana unindo algo escuro e ao mesmo tempo íntimo. O Queison se mostra cada vez mais talentoso… tenho admirando muito o trabalho dele, a maneira como ele interage com a Gabi e o Clóvis é muito intensa e verdadeira”, completa.
Para o vocalista da faixa, Queison, o projeto marca um momento profissional e artístico de relevância. “A importância da Sombra de Monalisa pra mim é ímpar. Primeiro porque é um projeto que foi desenvolvido por anos pelo Rafael, que é um amigo de longa data e eu pude ver o quanto ele colocou dedicação e esforço no decorrer do mesmo. Ter o convite para participar do espetáculo e do primeiro clipe do projeto, é uma honra.”
O vídeo conta com a participação de Potyra Farias, veterana na dança. Sua linguagem artística agregou um novo aspecto ao clipe de ‘A Escuridão (ELETRO Remix)’, “Foi a minha primeira vez participando de um clipe utilizando a dança, eu achei tanto o processo da gravação quanto a finalização do clipe sensacionais. Foi uma experiência única pra mim. Em várias bandas de rock a gente observa a participação de bailarinas em shows, mas em Manaus, eu acredito que seja uma novidade”, destacou a artista.
Suas cenas foram gravadas com o plano de fundo de um típico pôr-do-sol amazônico em contraste com o Rio Negro, elementos visuais que, para Diego Nogueira, posicionam a obra num aspecto inovador para arte feita no Amazonas. “É muito massa fazer um trabalho de alto nível aqui no Estado e mostrar o Amazonas fora do contexto super regional. Por que nosso trabalho também não pode ser uma coisa nacional? A gente tem que ter orgulho sim do nosso trabalho e saber que estamos fazendo sim, um trabalho a nível nacional”, pontua Nogueira.

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