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Governo do Tocantins discute como Ministério Público Federal política pública de monitoramente da atividadepesqueira

A secretária Miyuki Hyashida participou nesta terça-feira, 31, de uma reunião no Ministério Público Federal para discutir a implantação de políticas públicas de monitoramento  da atividade pesqueira no Tocantins na sede do órgão . A reunião, que foi conduzida pelo procurador da República Álvaro Manzano,  contou com a apresentação do pesquisador  da Embrapa, Adriano Prysthon, e  representantes do Ruraltins e Naturatins.

O procurador da Republica explicou que a intenção é discutir a implantação de uma política de monitoramento da atividade pesqueira no Tocantins, para saber o que esta atividade representa, quantidade de peixes pescado, como também, do aspecto financeiro,  o que representa a cadeia da atividade da pesca artesanal. A ideia, segundo o procurador, e lançar um ato normativo para estabelecer este monitoramente da atividade no Estado.

 “Este trabalho é fundamental para qualquer tipo de política pública voltada para o setor como controle ambiental e fomento à atividade. Nós podemos aumentar e incentivar esta atividade ou esbarramos num limite da capacidade de pesca ? A gente só vai saber isto se conhecermos a produção”, acrescentou.

 A secretária Miyuki Hyashida lembrou que o Tocantins detém a maior bacia hidrográfica exclusivamente brasileira, a Tocantins-Araguaia, além de grandes lagos com potencial pesqueiro. “É preciso estabelecer normas de como aproveitar este potencial, com a participação de todas as instituições governamentais envolvidas diretamente  e indiretamente nesta cadeia e os grandes interessados, que são os próprios pescadores”, enfatizou .

A reunião contou ainda com a presença do gerente de Aquicultura e Pesca do Ruraltins, Andrey Castro e do biólogo do Naturatins Oscar Barroso.  Um grupo de trabalho será criado para buscar subsidiar o Estado para se crie uma política de monitoramento de dados da pesca artesanal.

Monitoramento

O pesquisador da Embrapa apresentou um estudo piloto de monitoramento e manejo participativo da pesca artesanal que foi realizado  nos municípios de Araguacema, Araguatins,  Couto Magalhães, Esperantina e Xambioá, realizado entre 2019 e 2022, com aproximadamente 700 pescadores ativos .

Segundo o pesquisador o estudo, financiado pelo Fundo Amazônia,  levantou estatísticas sobre a pesca no sentido de subsidiar a política pública voltada ao setor  e aos órgãos de pesquisa com informações sobre aspecto social e econômico da atividade.

“Nós observamos que metade da produção é vendida no próprio município, ou seja, a pesca tem uma importância social e econômica muito grande, e pelo menos 10 a 15% da produção é consumida pelos pescadores, o que gera uma segurança alimentar dentro das comunidades, conseqüentemente no combate a fome, principalmente na pandemia, onde este índice chegou a 20%. “, pontuou o pesquisador. A receita bruta gerada pela atividade nos respectivos municípios chegou a R$ 2,5 milhões no periodo.

Adriano Prysthon apontou ainda a importância da participação da mulher na atividade pesqueira, onde foi identificado que 30% de todo o esforço pesqueiro é feito pela mulher que participa efetivamente da atividade. “ A pesquisa não permite  dizer que é a realidade no estado porque foi apenas um projeto piloto”, afirmou. “Muito importante este trabalho de monitoramento se tornar uma ação de estado para subsidir as políticas públicas voltada à atividade pesqueira”.

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