Promover a participação dos alunos é um grande desafio para muitos educadores. Independentemente da faixa etária e da disciplina, é necessário buscar alternativas para despertar o interesse dos adolescentes e elaborar atividades que acompanhem a sua evolução no processo de aprendizagem para mantê-los engajados durante a aula.
E o professor José Antônio Pereira (JP como é conhecido), com experiência há 23 anos em docência em sala de aula, do Instituto Presbiteriano Araguaia, de Gurupi, unidade escolar conveniada com a Rede Estadual de Ensino, está conseguindo vencer este desafio promovendo ações práticas experimentais de Química, onde seus alunos fazem uso de seus conhecimentos teóricos e intuição para chegarem a uma compreensão das experiências propostas.
O professor explica que sempre procura proporcionar um ensino dinâmico, diferente, com aprendizagem significativa, uma vez que há necessidade de revolucionar as aulas, por isso propõe a realização de oficinas químicas na escola. “Sempre tive a preocupação de trabalhar com aulas práticas, além das aulas teóricas. Estas aulas diferenciadas práticas têm um objetivo maior de desenvolver habilidades voltadas à iniciação científica além de aprender com um ‘sabor’ diferente, e as mesmas ocorrem mensalmente, pois são ações do Projeto Político Pedagógico”.
De acordo com o professor, os conteúdos de Química Orgânica, como Isomeria Espacial Óptica, são muito abstratos e vê as dificuldades dos seus alunos aprenderem até mesmo conceitos, mas que tem mudado através das oficinas práticas. “E literalmente os alunos colocam a mão na massa, construindo cada etapa do experimento e poder visualizar diferente, aprender diferente este conhecimento torna-se inesquecível aos alunos. Os alunos também cobram de “nós” professores que as aulas tenham dinamismo e a escola tem dado todo o apoio para realização das ações inseridas no PPP [Projeto Político Pedagógico] e nossos alunos são transformadores da aprendizagem significativa”, afirma José Antônio Pereira.
O estudante Weverton da Silva Nunes, relata que o professor tem se empenhado, além das aulas teóricas, em investir em oficinas práticas experimentais na abertura ou fechamento de um bloco de conteúdo. “É uma forma de aprendermos mais fazendo em grupo, onde há troca de conhecimentos na relação professor-aluno para que possamos levar estes ensinamentos para nossa vida. Sou muito grato ao professor e à escola por estarmos desde a primeira série do ensino médio tendo aula de Química bem alicerçada para nossa vida acadêmica ser bem-sucedida”.
Atividades experimentais
O professor desenvolveu neste semestre, dentro da proposta do Projeto Político Pedagógico da escola, dois projetos em suas aulas de química ministradas para os 160 alunos, das quatro turmas das primeiras séries do ensino médio. Um, foi o de construir Tabelas Periódicas com materiais alternativos para desenvolver as habilidades matemáticas e químicas na construção. O outro, construir um equipamento caseiro, de nome polarímetro, para determinar o ângulo de rotação das moléculas orgânicas assimétricas com o plano da luz polarizada a partir da luz natural, utilizando lentes ou filmes polarizados.
“O projeto de construção da tabela periódica em 3D incentiva os alunos a interagirem com o conteúdo de maneira com que se envolva e adquira um conhecimento mais profundo sobre o assunto, parabenizamos todos os alunos pelo excelente trabalho e também ao professor JP, por ter incentivado os nossos alunos a se destacarem como protagonistas da sua história”, comenta a diretora da unidade escolar, Adriana Beatriz Martins Lemes.
A aluna Rebeka de Andrade Metzka-Tri Gemeas, diz que as aulas práticas proporcionam melhor compreensão da teoria, além de poder aprender diferente. “Pois o professor José Antônio sempre se esforçou e nos motivou a trabalharmos nas oficinas químicas buscando novas habilidades nos deixando preparados para nossa vida acadêmica e para a vida, gosto demais das aulas dele, ele é incrível”, elogia.