O objetivo foi promover o convívio social dos portadores de hanseníase em todo o Estado

Neila Silva/Governo do Tocantins

O filme detalha o tratamento dado aos hansenianos no início do século 20. A atriz, Kirin Kiki viveu a personagem leprosa, Tokue. Ela traz no corpo essa mancha do passado, com mãos quase mágicas para a culinária, elas são também deformadas pela doença, e assim como todos os outros portadores da lepra foi obrigada a viver como uma verdadeira prisioneira, isolada do convívio social, em locais afastados construídos pelo governo da época.

Para a coordenadora técnica da Hanseníase, Regina Maria Figueiredo, essa temática precisa ser debatida porque a doença ainda é muito estigmatizada, “tem pessoas, inclusive da área da saúde, que têm a doença e não assume porque não é fácil conviver com a hanseníase, em virtude da marginalização e todo tipo de preconceito,” afirmou.

Dados

O Tocantins é considerado hiperendêmico conforme os parâmetros do Ministério da Saúde (MS) e ocupa o 2º lugar no ranking nacional de maior número de casos no país, inclusive em pacientes menores de 15 anos, perdendo apenas para o Estado do Mato Grosso. Só em 2019, foram registrados 1.109 casos novos, no Estado.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) através da Superintendência de Vigilância à Saúde (SVS) procura incentivar os profissionais de saúde a realizarem a busca ativa de casos novos e realização de exame dos contatos entre os registrados; divulgar a oferta de tratamento completo no Sistema Único de Saúde (SUS) e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença.

Sugestão de legenda – Foto: Nielcem Fernandes/Governo do Tocantins

O Tocantins ocupa o 2º lugar no ranking nacional de maior número de casos no país