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Igeprev diz ter recuperado parte do dinheiro investido em fundos de alto risco

Instituto divulgou que conseguiu de volta R$ 25 milhões de um dos fundos. A Polícia Federal, que investigou todos os investimentos, calcula que o prejuízo passou de R$ 260 milhões.

O Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) informou nesta sexta-feira (13) que conseguiu recuperar parte do dinheiro investido em fundos de alto risco, conhecidos como fundos podres, em 2011. De acordo com o Igeprev, o montante resgatado é de R$ 25 milhões. Isso foi possível, segundo o instituto, após uma mudança realizada na gestão de um dos fundos.

O Igeprev era o único cotista e entregou a administração para uma empresa especializada na recuperação deste tipo de investimento. Além dos R$ 25 milhões, o instituto afirma ter conseguido resgates que somam mais R$ 8 milhões em 2012 e 2015. O Igeprev afirma que neste fundo específico o investimento inicial foi de R$ 30 milhões, o que significa que o dinheiro resgatado já ultrapassa o investimento feito.

Mesmo assim, o valor não cobre o total investindo em outros fundos semelhantes nos anos de 2011 e 2013. O caso foi alvo de uma investigação da Polícia Federal que apurou que os investimentos de alto risco feitos sem critérios técnicos passaram de R$ 1 bilhão. O prejuízo estimado era de R$ 263 milhões em 2017.

Após as primeiras fases da operação Naum, que investiga supostos desvios nestas aplicação, o então presidente do Igeprev, Jacques Silva de Sousa, deu uma entrevista dizendo que as aposentadorias dos servidores públicos estaduais estavam seguras. Ele admitiu, contudo, que o instituto tinha um patrimônio de quase R$ 900 milhões em fundos podres e que considerava o dinheiro perdido.

O atual presidente, Sharlles Fernando Bezerra Lima, afirma que foram feitas mudanças na forma como o Igeprev realiza investimentos para garantir mais segurança às operações. “Atualmente, nossa política de investimentos tem sido bastante cuidadosa e criteriosa, investimos o patrimônio do Instituto apenas em aplicações seguras e em instituições financeiras sólidas, a exemplo da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco”, disse ele.

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