Advogado de Ana Cristina Valle aguarda resposta de pedido para que ela deponha onde mora, em Resende, no Sul Fluminense. Vereador empregou Ana Cristina e mais sete parentes dela.
Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, foi convocada pelo Ministério Público Estadual do Rio (MPRJ) a depor no processo que investiga a contratação de supostos funcionários fantasmas e da prática de “rachadinha” no gabinete do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC).
Ana Cristina esteve lotada como chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 a 2008.
O advogado de Ana Cristina, Magnum Cardoso, disse ao G1 que aguarda uma resposta a um pedido feito no fim do ano ao MPRJ para que o depoimento ocorra em Resende, no Sul Fluminense, onde ela mora.
Magnum Cardoso afirmou que espera receber a resposta nesta segunda-feira (6). O processo corre em segredo de justiça, no Rio.
A contratação de funcionários fantasmas e da prática de “rachadinha” – quando funcionários devolvem parte de seus salários – no gabinete de Carlos é investigada desde setembro de 2019, como informou o Jornal Nacional. A base da investigação é uma reportagem da “Revista Época”, publicada em junho.
Durante parte de seus cinco mandatos como vereador, Carlos Bolsonaro deu emprego à ex-mulher do presidente e a outros sete parentes dela.
Ana Cristina Valle foi casada com Jair Bolsonaro mas não é a mãe de Carlos. Ele é filho de Jair com Rogéria Braga, primeira ex-mulher do presidente.
A reportagem revelou que vários desses funcionários do gabinete nunca moraram no Rio. Eles não tinham crachá para entrar no prédio onde os vereadores trabalham.
Na ocasião, numa rede social, o vereador Carlos Bolsonaro escreveu que estava “tranquilo e despreocupado” sobre a investigação. A TV Globo não conseguiu entrar contato com o vereador.
O vereador Carlos Bolsonaro no plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro — Foto: Caio Cesar/CMRJ