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Projetos de duas escolas da rede estadual estão sendo apresentados na mostra virtual da Febrace

Projetos de duas escolas da rede estadual de ensino estão na fase semifinalista da Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia (Febrace). Um deles é o projeto “Efeitos positivos do uso de subprodutos de dipteryx Alata (baru) e Hymenaea SP (jatobá) como fonte alternativa de alimentação”, da equipe do Centro de Ensino Médio Tiradentes, de Palmas. O outro projeto versa sobre a “Vazão de água destilada: técnicas de aproveitamento e tratamento para irrigação de horta sustentável”, da equipe da Escola de Tempo Integral Jardenir Jorge Frederico, de Araguaína.

O projeto sobre o baru e o jatobá está sendo realizado pelas estudantes Maria Eduarda Rocha Machado e Maressa Eduarda da Silva Santos e a professora orientadora Juliana Girardello Kern, que leciona Biologia.

O projeto sobre Vazão de água destilada foi apresentado pelos alunos Rhuan Pablo Mendes de Sousa e Ashely Estephane de Sousa Viana, pelo professor de Matemática Moisés da Silva Santos e pelo professor de Ciências Leonardo Guimarães da Silva.

Dos projetos inscritos na Febrace, 500 foram selecionados para a semifinal e destes serão escolhidos 200 que irão participar da mostra presencial em São Paulo, no período de 18 a 22 de março.

Os projetos foram apresentados na mostra virtual realizada esta semana, para o Comitê de Avaliação, e foram observados itens como as competências e conhecimentos dos estudantes e a desenvoltura em responder às questões formuladas. Esses encontros virtuais com as bancas de avaliações dos semifinalistas acontecem até o dia 26 de janeiro.

O resultado com a lista dos finalistas está previsto para ser divulgado no próximo dia 30. E a premiação dos melhores projetos da Febrace acontecerá no dia 22 de março.

As lições das ciências

A professora de Biologia, Juliana Girardello, ressaltou o processo de relevância que o projeto foi tomando ao longo do tempo. “Nós ficamos em 1º lugar na Feira de Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia (Fecit), e foi uma experiência interessante porque as estudantes tiveram uma visibilidade de como é o universo da ciência na prática, sendo avaliados. O projeto também foi apresentado numa feira em Recife, PE. As alunas que se apresentaram na Feira Brasileira de Ciências e Tecnologias ficaram encantadas com o desenvolvimento do trabalho, na trilha de nutrição. Houve interação com outros estudantes. A Febrace está sendo um estímulo, é a primeira vez que estamos participando e estamos animados com os resultados”, explicou Juliana.

A estudante Maressa falou de sua alegria em participar da Febrace. “Foi ótimo falar sobre nosso Estado, sobre as comunidades que dependem também dos subprodutos do baru e do jatobá. Foi uma experiência nova, porém muito enriquecedora. Eu não imaginava que o projeto teria tanta repercussão e tornar o nosso trabalho conhecido é fruto de toda a nossa dedicação”, afirmou.

A prática da ciência na escola

O projeto sobre vazão de água destilada trata de um sistema de irrigação, no qual foi construída uma rede de captação de água dos 40 aparelhos de ar-condicionado da escola e esta é direcionada a uma caixa d’água, que passa por um tratamento e é utilizada para a irrigação da horta escolar.

“O projeto foi importantíssimo no aprendizado interdisciplinar dos alunos de 8º ano do ensino fundamental e ganhou a escola com uma redução no custo de água potável e representou uma experiência gratificante para nós professores”, ressaltou o professor Moisés.

O professor Leonardo falou dos resultados dos projetos para a escola. “Percebemos que os 40 aparelhos de ar-condicionado geram uma média de 350 litros de água diariamente e como esta é uma solução ácida para a plantas, aplicamos conhecimentos de ciências para tratar a água com materiais de fácil acesso e irrigamos as plantas. Outro resultado é que percebemos que no mês seguinte, ao início do projeto, houve uma redução de 35% no talão de água da escola”, contou.

A estudante Ashely, que estudará o 9° ano do ensino fundamental, participar da Febrace adquire uma aprendizagem fundamental para continuar progredindo nos estudos. “Foi uma sensação maravilhosa. Participei de outras feiras de ciências, a Febrace foi uma das que mais me deixou animada. Só em pensar que estou competindo com vários projetos de estudantes brasileiros, fico entusiasmada e orgulhosa de mim mesma, pois o meu esforço e estudos valeram a pena”, comentou.

O projeto já rendeu vários prêmios; ficou em 1º lugar na Feira Científica e Tecnológica do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e o 1º lugar na Expo eletivas da Regional de Araguaína em parceria com Afya ITPAC.

Fotos: Arquivo/Escola/Governo do Tocantins

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