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Veja quais são as vacinas contra a Covid-19 que estão em teste em humanos ao redor do mundo

Reino Unido, China, Estados Unidos, Alemanha e Rússia estão entre os países na corrida por uma imunização. No total, são mais de 166 pesquisas em desenvolvimento, segundo a OMS.

Pesquisadores ao redor do mundo desenvolvem mais de 166 vacinas para o coronavírus. Dessas, pelo menos 30 estão em fase de testes clínicos, ou seja, conduzidos em seres humanos, mas apenas 6 estão na última fase de testes, a 3. Os dados são de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizado em 10 de agosto, que inclui a vacina russa na Fase 1 (Veja o caso abaixo).

Nesta terça-feira (11), a Rússia anunciou que se tornou o primeiro a registrar uma vacina contra a Covid-19.

Até o momento, são os países que chegaram à última etapa do desenvolvimento da vacina, a Fase 3: Reino Unido, China, Estados Unidos e Alemanha. Veja quais são as vacinas nesta etapa:

A Rússia e o Reino Unido têm mais uma vacina cada em desenvolvimento, ambas na fase 1, assim como a China (4 outras candidatas), Alemanha (1 candidata na fase 1) e os EUA (2 outras vacinas e mais uma terceira em parceria com Taiwan).

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Em julho, a Rússia anunciou que a vacina induziu produção de anticorpos na primeira fase de testes. No mesmo mês, a Universidade Sechenov, em Moscou, informou que outra versão da mesma vacina, em forma líquida, estava sendo testada em outros 38 voluntários em um hospital militar da capital russa. Os voluntários foram divididos da mesma forma que os da vacina liofilizada.

Os testes de fase 1 e 2 foram completados no dia 1º de agosto, diz o site oficial da vacinação.

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Outros países que desenvolvem vacinas que já estão sendo testadas em humanos, porém nos estágios iniciais, são a Índia, com três candidatas nas fases 1 e 2; Japão, Singapura e Bélgica, com uma vacina cada entre as fases 1 e 2; e Austrália, cuja vacina acabou de entrar na fase 1.

Há também mais dois estudos feitos em cooperação internacional, com mais de um país responsável pela imunização, liderados pelo Instituto Internacional de Vacinas, na Coreia do Sul, e organizado pela ONU.

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O teste clínico é composto de três fases. A Fase 3 é a última etapa e — em tese — é somente depois dela que o imunizante pode ou não ser licenciado e, por fim, liberado para a comercialização (Veja abaixo todas as etapas de desenvolvimento).

Apesar disso, a Rússia se tornou o primeiro país a anunciar o registro de uma vacina contra o coronavírus, da qual poucos detalhes foram divulgados.

Segundo o site da vacina, a imunização foi testada em animais antes de ser aplicada em humanos – incluindo em dois tipos de primatas. A Rússia não publicou, entretanto, nenhum estudo científico sobre os testes que realizou.

Os testes em humanos começaram em 18 de junho, quando o primeiro grupo, de 18 voluntários, recebeu a imunização em sua forma liofilizada (a liofilização é uma espécie de “desidratação da vacina”, que estabiliza a molécula). Cinco dias depois, no dia 23, mais 20 pessoas receberam a dose, também deste tipo.

Segundo os detalhes disponíveis on-line sobre os testes com a vacina (na versão liofilizada e líquida), os primeiros 18 voluntários da forma liofilizada foram divididos em dois grupos de 9 pessoas. Cada um dos grupos recebeu uma única dose da vacina; a diferença entre eles era o adenovírus que servia de “transporte” para a proteína do novo coronavírus (veja explicação mais abaixo). Essa etapa correspondeu à fase 1 dos experimentos.

A fase 2 foi a dos 20 voluntários, que começou os testes no dia 23 de junho. Essas pessoas receberam, além da primeira dose, um reforço, previsto para 21 dias após a primeira dose. Diferente dos 18 primeiros, todos os 20 voluntários da fase 2 receberam ambas as vacinas (cada uma com um tipo de adenovírus).

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