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Asma: conheça doenças associadas e o que pode desencadear uma crise

Em 21 de junho é comemorado o Dia Nacional de Controle da Asma, doença que atinge cerca de 260 milhões de brasileiros, com sintomas como dificuldade de respirar, falta de ar, tosse, chiado nos pulmões e dor no peito, segundo o Ministério da Saúde.

Apesar de não ter cura, é possível ter qualidade de vida adotando medidas preventivas, e fazendo o tratamento prescrito por especialistas, segundo o coordenador do departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Olavo Mion. O primeiro cuidado é com a saúde nasal.

“O nariz é porta de entrada para o trato respiratório. Diversos quadros de alergias respiratórias que se iniciam pelas vias aéreas superiores, formadas pelo nariz, faringe e laringe, têm a capacidade de impactar também as vias inferiores, ou seja, o nosso pulmão. E o contrário também pode ocorrer. Isso acontece devido ao fenômeno que chamamos de vias aéreas unidas, comprovando que há uma relação sistêmica entre o nariz e o pulmão”, explica Mion.

Considerada uma das enfermidades crônicas mais comuns no país, a asma afeta mais de 339 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Uma das formas de reduzir crises é evitar contrair as viroses respiratórias, entre elas a gripe e os resfriados comuns, bem como ter um bom controle da rinite alérgica, um problema que está presente de 60% a 78% dos pacientes asmáticos. A rinossinusite, que popularmente é conhecida como sinusite e causa inflamação nos seios da face, também é frequentemente associada à asma.

“Para quem não tem o diagnóstico de asma, mas sofre com espirros frequentes, olhos vermelhos, coriza, coceira no nariz e congestão nasal, que são sintomas comuns da rinite, por exemplo, deve procurar tratamento com otorrinolaringologista para evitar as chances de uma piora da asma. Para os asmáticos, o ideal é evitar o contato com os agentes que desencadeiam essa alergia. Isso reduzirá as chances de ter uma crise, esclarece o especialista da ABORL-CCF.

Quando o quadro de asma é agravado, as vias aéreas ficam mais estreitas e o fluxo de ar é reduzido. As crises também podem ser provocadas por diversos gatilhos ambientais, como mofo, poeira, polen, ácaros, e outros fatores como questões genéticas, obesidade, esforço físico, exposição ao ar frio, entre outras causas. Por isso, cuidados como manter a casa limpa, evitar o contato com pó, poluição e pêlos de animais, não fumar, manter hábitos saudáveis de alimentação, hidratação e atividade física, além de fazer lavagem nasal e estar vacinado contra a gripe são medidas que auxiliam na imunidade e no controle da enfermidade.

“Essa semana iniciamos o inverno, estação em que aumentam os casos de asma e outras doenças que afetam a capacidade de respirar bem. Por isso, adotar essas medidas preventivas, é ainda mais importante nessa época de ar seco e frio”, reforçou Mion.

Sobre a ABORL-CCF

Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade através de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600 otorrinolaringologistas em todo o país.

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