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Bolsonaro sanciona projeto de lei que altera a LDO de 2021 com veto

Medida sugerida pelo Ministério da Economia retira do PLN trecho que abria espaço para transferências voluntárias de recursos para municípios com até 50 mil habitantes, mesmo inadimplentesO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, nesta quarta-feira (21/04), o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, o PLN 2/2021. O texto foi publicado em edição extraordinária no Diário Oficial da União (DOU) com um veto sugerido pelo Ministério da Economia para barrar transferências de recursos.

Segundo a mensagem presidencial, o veto orientado pela pasta chefiada pelo ministro Paulo Guedes foi referente à alteração do § 2º do art. 84 da LDO. Esse trecho estabelecia que a emissão de nota de empenho, a transferência de recursos e a assinatura dos instrumentos, bem como a doação de bens, materiais e insumos, não dependerão da situação de adimplência do município de até 50 mil habitantes.

Conforme o texto do Executivo, o motivo do veto foi de que, apesar da “boa intenção do legislador”, a medida, ao dispensar a adimplência dos municípios como condição para o recebimento de transferências “acaba por contrariar o interesse público por subtrair, imotivadamente, relevante medida de finança pública voltada para a responsabilidade na gestão fiscal, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal”.

“Ademais, cumpre-se destacar, ainda, que os municípios com menos de 50 mil habitantes representam cerca de 88% dos municípios brasileiros, fato que, combinado com as exceções já existentes, tornaria os instrumentos de controle e de boa gestão fiscal ineficazes, conforme estabelecido no art. 195, § 3º, da Constituição da República, além de estar em descompasso com o art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal)”, completou o documento.

Ajuda a empresas

Com a sanção do projeto que altera a LDO, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode reeditar a Medida Provisória do Benefício Emergencial para a Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que permite a redução de salário e de jornada e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), destinado ao financiamento de pequenos negócios com regras mais simples e juros baixos.A pasta informou que pretende destinar até R$ 15 bilhões para os dois programas, sendo R$ 10 bilhões, para o BEm, e R$ 5 bilhões, para o Pronampe. A expectativa de empresários é que a MP do BEm seja publicada até sexta-feira (23).

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