Cerrado brasileiro é um dos destaques no primeiro dia da Agrotins 2020 100% Digital
Segundo maior bioma da América do Sul, o cerrado é considerado um local, do ponto de vista biológico, extremamente abundante
Raquel Oliveira/Governo do Tocantins
A importância do cerrado brasileiro e a sua sustentabilidade são temas de duas palestras que serão realizadas nesta quarta-feira, 27, primeiro dia da Agrotins 2020 100% Digital. Transmitidas via plataforma www.agrotins.to.gov.br a primeira palestra com o tema será às 13 horas, com a professora da Universidade de Brasília (UNB) Thainá Zaneti; e a segunda, às 16h15, com o professor e doutor em Botânica Marcelo Kuhlmann.
O cerrado é considerado um local, do ponto de vista biológico, extremamente abundante. É o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando cerca de 22% do território nacional. Não é exclusivo só do Tocantins, ocupa também regiões em outros estados como Minas gerais, Mato Grosso, Bahia, Maranhão e Piauí. “Mas no que compete ao Tocantins, ele tem a sua vegetação oficial quase 90% de cerrado, com uma riqueza muito grande de frutos, o que nos permite ter a disposição uma matéria prima muito rica, de alta qualidade e valor nutricional”, destacou a engenheira de Alimentos da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Tocantins (Seagro), Verônica França, que também vai participar das palestras.
A engenheira de alimentos ressalta que é importante utilizar de forma sustentável o que a natureza nos oferece, pois, o cerrado, por exemplo, representa uma forma de geração de renda para pequenos produtores da agricultura familiar, que podem comercializar seus produtos, no caso os frutos do cerrado. “Outro entendimento é que o cerrado tem uma importância social muito grande. Muitas pessoas dependem dos recursos naturais que o cerrado oferece para continuar vivendo com qualidade de vida, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e quebradeiras de coco babaçu”, finalizou, convidando a todos para que participem da Agrotins e assistam às palestras.
Verônica França é a responsável pelo projeto Agroindustrialização de frutos do cerrado tocantinense, uma das ações da Seagro, que objetiva ampliar as possibilidades de renda dos produtores de pequeno porte e agricultura familiar do Tocantins, usando para isso todo o potencial pouco utilizado do cerrado de forma sustentável.
Tainá Zaneti
Docente da Universidade de Brasília, no Centro de Excelência em Turismo UnB – CET; Doutora em Desenvolvimento Rural no Programa de Pós-graduação em desenvolvimento Rural – PGDR – UFRGS; Mestre em Agronegócios – Programa de Pós-Graduação em Agronegócios – Propaga – UnB; Especialização em Tecnologia de Alimentos – Centro de Excelência em Turismo – CET-UnB (2011); Graduação em gastronomia, Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB (2009); Autora do livro: Das Panelas das nossas Avós aos restaurantes de Alta Gastronomia. Líder do grupo de pesquisa Gastronomia e (em) Desenvolvimento
Marcelo Kuhlmann
Biólogo, Doutor em Botânica pela UnB e apaixonado pelo Cerrado. Há mais de 10 anos pesquisa frugivoria e dispersão de sementes pela fauna nativa. Autor dos livros Frutos e Sementes do Cerrado: espécies atrativas para a fauna, obra que traz fotos e informações das espécies de frutos do Cerrado e dos animais que deles se alimentam. Atualmente é consultor na Embrapa Cerrados em projetos de restauração ecológica.
Fotos: Wilson Rodrigues/Governo do Tocantins
Legendas:
Foto: O pequi, um dos muitos frutos do cerrado, faz parte da gastronomia tocantinense
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