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Cinthia Ribeiro afirma que empresas do transporte coletivo não sofreram prejuízo que justifique tarifa de R$ 6,91

Propostas de reajuste da tarifa estão sendo discutidas no Conselho de Mobilidade de Palmas e na Justiça. Argumento apresentado pelo sindicato das empresas é de que houve da perda de R$ 12 milhões durante a pandemia.

A prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) afirmou na manhã desta quinta-feira (20) que os técnicos da Agência de Regulação de Palmas não encontraram nenhum prejuízo para as empresas do transporte coletivo que justifique aumentar a tarifa de R$ 3,85 para R$ 6,91. O reajuste da passagem está sendo discutido no Conselho Municipal de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte e também foi parar na Justiça após um pedido do Expresso Miracema, a maior empresa do transporte público da cidade.

O argumento da empresa para o reajuste é que teria acumulado um prejuízo superior a R$ 12 milhões, por causa da redução de demanda na pandemia. Na ação, a empresa diz ainda que terá que reduzir a frota na cidade se o pedido não for atendido.

“Os nossos técnicos da Agência de Regulação de Palmas fizeram toda uma auditoria minuciosa em relação a isso e não encontramos nenhum motivo de prejuízo ou algo que justificasse colocar um aumento de quase 100% da tarifa para os nossos usuários”, disse a prefeita durante entrevista à TV Anhanguera.

 

Um relatório feito pela Agência de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (ARP) foi apresentado nesta quarta-feira (19) ao Conselho Municipal de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte. O estudo do próprio município prevê a possibilidade de aumento para até R$ 6,12.

A tarifa proposta pela ARP seria a chamada ‘tarifa técnica’, que ainda pode sofrer reduções com eventuais subsídios da prefeitura até que chegue ao usuários dos ônibus. Usuários de toda a cidade estão preocupados com a possibilidade do aumento.

Prefeita Cinthia Ribeiro durante entrevista à TV Anhanguera — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“Há três estudos conclusos dentro da Agência de Regulação de Palmas que apontam, além da inviabilidade para esse aumento, colocamos inclusive a taxa de R$ 4,09, pensando apenas no reajuste pela inflação, mas a nossa pedida dentro do conselho e dentro das discussões é para que não haja nenhum aumento, para que a tarifa permaneça em R$ 3,85”, afirmou a prefeita.

A reunião em que a nova tarifa do transporte coletivo será votada ainda não foi marcada. A ação proposta pelo Expresso Miracema na 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas também ainda não foi analisada pelo juiz responsável.

Cinthia Ribeiro voltou a afirmar que o município está revisando os contratos e preparando uma nova proposta de concessão do transporte público de Palmas. Ela disse que o município não teria problema em assumir o serviço.

“Se necessário for, inclusive, a revisão do contrato está se dando justamente por isso. A cidade não teria nenhuma dificuldade em assumir o transporte coletivo, uma vez que ele é uma concessão regulada pelo próprio município e pela própria prefeitura, para que o usuário tenha a tranquilidade que nesse momento não sofrerá com nenhum tipo de reajuste”, afirmou.

O atual contrato de concessão do transporte público, que conta com três empresas atuando ao mesmo tempo em Palmas, vale até novembro de 2022.

G1 solicitou posicionamento do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Seturb), mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

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