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Concurso da Polícia Militar terá vagas para profissionais da área da saúde e músicos

Dentre as 1 mil vagas de soldado, 50 serão para a banda da PM e 25 para técnicos de enfermagem e saúde bucal. Durante live, PM também informou sobre a devolução do valor das inscrições do concurso de 2018.

A Polícia Militar do Tocantins informou nesta terça-feira (8) que adiou o lançamento do edital do concurso para soldado para incluir vagas destinadas à profissionais da área da saúde. Durante uma live realizada em uma rede social, o porta-voz da PM, major Levy Gonçalves, também deu detalhes sobre a devolução da inscrição paga pelos candidatos no concurso de 2018, que acabou sendo cancelado após fraudes.

Segundo informado pelo porta-voz, dentre as 1 mil vagas previstas para soldados neste novo concurso, 50 serão destinadas ao quadro de músicos. Outras 25 serão para área da saúde, sendo 20 para técnico de enfermagem e cinco para técnico em saúde bucal. Ou seja, serão 925 vagas para a parte operacional da Polícia Militar.

Também foi confirmado que não haverá vagas para cargos de oficiais neste concurso. Segundo a polícia, um novo certame será realizado para esta área, mas ainda não há uma previsão e lançamento.

Não foi informada uma nova data para o lançamento do edital com as 1 mil vagas para soldado. A idade máxima para entrar na PM do Tocantins continuará sendo de 32 anos.

Devolução da inscrição

 

Segundo o major Levy Gonçalves, as inscrições pagas pelos candidatos do último concurso ainda não foram devolvidas porque a empresa que foi responsável pelo certame não repassou os dados dos candidatos.

No concurso anterior, o subsídio inicial previsto durante o Curso de Formação de Oficiais era de R$ 4.499,52 e para o Curso de Formação de Soldados de R$ 2.215,10. Foram oferecidas 1 mil vagas para soldado e mais 40 para oficial da PM.

A PM precisou entrar na Justiça e recentemente conseguiu uma decisão judicial que obriga a empresa a entregar dos dados. “Estamos aguardando que a empresa cumpra a determinação judicial e entregue à Polícia Militar os dados desses candidatos para efetuarmos a devolução”, explicou o porta-voz da PM durante a live.

Assim que os dados estiverem disponíveis a PM irá liberar um link para que os candidatos solicitem a devolução e informem a conta para pagamento. Outra informação importante é que os valores pagos em 2018 não poderão ser usados para a nova inscrição. O candidato que pagou o primeiro concurso também não está automaticamente inscrito neste novo.

Novo concurso

 

O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE) foi contratado ao custo de R$ 2,7 milhões, sem licitação, para realizar as três primeiras fases da seleção. O edital deveria ter sido apresentado 30 dias a partir da contratação, o que não aconteceu.

Esse novo concurso será realizado porque o anterior, que teve as provas aplicadas em 2018, acabou sendo anulado por fraudes durante as avaliações. Na época, a empresa responsável pelo certame foi o Instituto AOCP, que foi contratado por R$ 2 milhões, após processo de licitação.

O contrato com a Cebraspe, conforme informado pelo governo, tem o valor de R$ 51,20 por candidato inscrito. A estimativa tem como base o total de inscritos no concurso anterior, que chegou perto dos 80 mil. O contrato foi publicado do DOE pelo comandante-geral da PM, Jaizon Veras Barbosa.

Serão três etapas, avaliação intelectual, teste de capacidade física e avaliação psicológica. Depois disso, os candidatos ainda passaram pelo curso de formação. O salário inicial deve ser informado no edital, conforme a legislação vigente. A idade limite para inscrição será de 32 anos.

Concurso anterior

 

O concurso anulado por fraudes foi realizado em março de 2018 e acabou anulado em abril de 2019 após a descoberta de celulares com gabaritos parciais das provas serem encontrados dentro de banheiros em locais onde o processo seletivo era realizado. Ao todo, mais de 70 mil pessoas fizeram as provas em 17 cidades.

Uma investigação interna realizada pela empresa que aplicou as provas concluir que pelo menos 23 candidatos tiveram participação no esquema. Eles já tinham sido eliminados quando a decisão de anular o concurso como um todo foi tomada.

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