Na região de Gran Sabana, administrada por González, fica a cidade de Santa Elena de Uairén, a 15 quilômetros da fronteira com o Brasil, e a localidade de Kumaparakay, a cerca de 85 quilômetros da fronteira, onde houve o primeiro conflito.
Esses números de mortos e feridos não foram citados por fontes oficiais, tanto do presidente Nicolás Maduro, quanto de grupos ligados ao autoproclamado presidente Juan Guaidó.
Emilio, que é um índio pemon, afirma que está sendo perseguido pelo governo de Nicolás Maduro, do qual é opositor. Ele veio para o Brasil por meio da mata, em rotas clandestinas e deixou a cidade de Santa Elena por volta das 18h de sábado, chegando a Pacaraima por volta das 11h deste domingo.
Segundo o prefeito, há uma ordem de prisão para ele, feita pelos chavistas. Ele afirmou que o município de Santa Elena está “tomado pelos pranes (chefes de facção), pelos sindicatos do governo” e que são “os pranes, sindicatos do crime (grupos que controlam as áreas de garimpo) e militares venezuelanos” que estão matando as pessoas.
“Neste momento estamos passando um momento difícil. Estamos em emergência. O narco governo de Nicolás Maduro está arremetendo contra um povo que necessita de paz e tranquilidade. O único rincão que tínhamos em Venezuela foi tomado por Maduro. Estão atacando. Tem sangue no caminho, nas ruas. Estamos sofrendo, portanto peço ajuda internacional porque estamos passando um momento difícil. Precisamos de ajuda”, disse.
- As fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia amanheceram fechadas por decisão do governo de Maduro
- A Colômbia fechou na madrugada parte da fronteira com a Venezuela para ‘avaliar danos’. A previsão é que siga fechada até segunda (25)
- Manifestantes voltaram a entrar em confronto com militares venezuelanos na fronteira do Brasil com a Venezuela. Os manifestantes jogaram pedras contra o exército venezuelano, que revidou com bombas de gás lacrimogêneo
- Após o conflito, as forças de segurança do Brasil fizeram uma “área de contenção” para manter os manifestantes afastados
- Duas ambulância com mais três feridos cada entraram em território brasileiro por Pacaraima (RR)
- Três militares venezuelanos desertaram pela fronteira entre Brasil e Venezuela em Pacaraima (RR)
- Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro condenou “os atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro”
O exército venezuelano e manifestantes voltaram a entrar em confronto na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, em Pacaraima (RR), na tarde deste domingo. Os manifestantes jogaram pedras contra a Guarda Nacional Bolivariana, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Pouco depois, a Força Nacional do Brasil fez uma barreira de contenção para impedir o avanço dos manifestantes e interromper o confronto.
Força Nacional isola manifestantes venezuelanos após confronto na fronteira com o Brasil — Foto: Alan Chaves/G1
No sábado, um confronto já havia ocorrido no local depois que uma base do exército da Venezuela foi atacada por manifestantes. Os militares venezuelanos reagiram com bombas de gás lacrimogêneo.