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Defensoria registra aumento de 143% no número de mulheres que buscaram ajuda após violência doméstica em Araguaína

Comparação é entre o mês de julho de 2019 com o mesmo período deste ano, durante a pandemia de coronavírus. Hipótese é de que isolamento social e crise econômica estejam favorecendo aumento nos casos.

A Defensoria Pública registrou um aumento de 143% no número de mulheres que procuraram ajuda após sofrerem violência doméstica em Araguaína, no norte do Tocantins. A comparação é entre o mês de julho de 2019 com o mesmo período deste ano, durante a pandemia de coronavírus. Uma possibilidade é que as vítimas estejam convivendo mais próximo dos agressores devido ao isolamento social.

O levantamento feito pelo setor de estatística da Corregedoria Geral da Defensoria mostra que foram realizados 107 atendimentos sobre violência doméstica em Araguaína somente no mês passado. Em julho de 2019, tinham sido 44.

Os números mostram que Araguaína concentrou 54,5% dos atendimentos de violência doméstica realizados em todo o estado pela Defensoria Pública. Por outro lado, Palmas manteve a média desse tipo de atendimento: foram 65 em julho desse ano e 60, no mesmo mês do ano passado.

Segundo a defensora Karine Ballan, titular do atendimento à Vítima de Violência Doméstica e Familiar em Araguaína, o crescimento dos atendimentos vem acontecendo desde o início da pandemia de Covid-19.

Uma das explicações seria, entre outros fatores, o estresse nas relações familiares resultante do isolamento social. O agravamento da situação econômica das famílias também pode contribuir para o surgimento dos conflitos.

Para manter o atendimento durante a pandemia a Defensoria tem buscado aperfeiçoar o atendimento remoto. “A dinâmica de contatar a Instituição, por ligação ou mensagem, via whatsapp, tem criado uma relação de proximidade entre as vítimas e a Defensoria Pública, dinamizando de forma eficaz o auxílio imediato na situação de vulnerabilidade em que se encontram”, comentou a defensora.

Denúncias sobre violação de direitos e violência contra mulheres, crianças e adolescentes pode ser feita por ligação e até pelo WhatsApp. Veja os contatos no site da Defensoria.

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