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Dia de Campo mostra custo benefício em Sistema de Integração Lavoura – Pecuária

O Dia de Campo sobre Sistema de Integração lavoura Pastagem, realizado na Fazenda Elite, em Porto Nacional, reuniu cerca de 100 pessoas, dentre elas produtores rurais, pesquisadores e extensionistas para apresentar os resultados da cultura consorciada e palestras relacionadas.

A propriedade do pecuarista Emanuel Martinez é uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) em Integração Lavoura-Pecuária, implantada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) com parcerias público-privadas.

Essa assistência é realizada com a finalidade de melhorar a pastagem e intensificar a produção de carne. Com plantel de 220 cabeças de gado nelore, Emanuel investiu no pastejo rotacionado e na produção de silagem para garantir a nutrição animal do seu rebanho principalmente no período de estiagem. E, seguindo as orientações técnicas do Ruraltins, fez os plantios integrados de capim tamani com o sorgo Ponta Negra e o capim Niyagui com o sorgo Agri 002 (boliviano). E foi também plantada uma área de cupuaçu, onde já foi colhida cerca de 200 toneladas somente neste primeiro corte.

Os resultados foram apresentados pelo engenheiro agrônomo do Ruraltins, Edmilson Rodrigues, mostrando o custo benefício do sorgo Brs Ponta Negra consorciado com Brs Tamani. Com investimentos na reforma de pastagem de R$ 3.843,28 por hectare, a receita prevista na colheita do sorgo é de 35 toneladas por hectare (ton|ha).

“Na área plantada de 12ha, o produtor vai colher e produzir 420 toneladas de silagem para a alimentação do seu rebanho no período de estiagem, além de obter um pasto de excelente qualidade, aumentando a arroba do seu gado”, ressaltou Edmilson, avaliando ainda que, se essa silagem fosse comercializada no valor de R$ 350 por tonelada (valor do ano passado), a receita do produtor, quando comparada ao investimento, seria de R$ 147 mil no total.

Na planilha de custo apresentada, o produtor investiu 18% na correção de solo com calagem e fosfatagem; 62% plantio com adubação, cobertura, sementes do capim e do sorgo, e tratos culturais; os demais 42% foram de custos com insumos.

Na área de plantio de Sorgo com o niyagui, de 3 ha, o investimento foi de 4.532,95 por hectare. “A receita prevista de silagem para esta área é de 80 ton|ha em dois cortes, um total de 240 ton, e receita de R$ 84 mil. “Os custos por hectares foram 24% em correção do solo com siligesso; 68% no plantio, incluindo a adubação, cobertura e sementes; e 21% em outros tratos culturais”, explicou o engenheiro agrônomo.

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ruraltins, Kin Gomides, ressaltou que esse trabalho tem como objetivo apresentar tecnologias para o produtor na otimização dos processos produtivos na atividade de pecuária. “São tecnologias desenvolvidas para o produtor na integração lavoura pecuária como alternativa para redução do custo na implantação de pastagem. Além dos resultados apresentados, trouxemos especialistas da Embrapa, o especialista em fiv, o senhor Enoch, que é um pesquisador renomado e premiado em fertilização. E esse resultado também é fruto da parceria com diversas instituições como a prefeitura municipal de Porto Nacional, a ABCZ, e outros parceiros da iniciativa privada que fomentaram o desenvolvimento dessas tecnologias”, disse.

Sobre fertilização in vitro, o pesquisador Enoch Borges levou informações sobre o melhoramento genético do rebanho, e os pesquisadores da Embrapa, Daniel Fragoso e Francelino Camargo falaram sobre Manejo de pragas de pastagens e Francelino Camargo, da Transferência de Tecnologia, abordou consórcio entre sorgo e forrageira.

Em busca de  novos conhecimentos , o casal de produtores Diele Sardinha e Álvaro Xavier, Recanto da Titira em Porto Nacional, ressaltou a importância do evento em obter novos conhecimentos e tecnologias do mercado que possam ajudar a obter maior produtividade. “Produzir uma arroba mais barata e com maior lucratividade”, frisou o produtor.

O evento foi uma realização do Ruraltins dentro das ações do Plano ABC no Tocantins, onde o Tocantins vem contribuindo efetivamente desde 2012 para que a meta nacional de redução de gases de efeito estufa seja cumprida.

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