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ENTREVISTA COM PRÉ-CANDIDATO A GOVERNADOR DO TOCANTINS: CORONEL RICARDO MACEDO

“Por que, Coronel Ricardo Macedo?”

Com foco no governo do Tocantins, conheça algumas ideias do pré-candidato pelo PMB, incluindo área da educação e do empoderamento feminino.

1)  Participando pela primeira vez em uma disputa eletiva, por que o senhor resolveu se candidatar a governador do Tocantins?

R: Após 37 anos vividos nas fileiras da Força Aérea Brasileira, trabalhando diuturnamente pelo nosso Brasil, passei para a reserva como Coronel e senti que não poderia ficar em casa parado. Vi que era chegada a hora de trabalhar pelo meu Tocantins, que se encontra com um histórico de corrupção que nos envergonha. Dentro desse contexto, fui convidado pelos tocantinenses que acreditam na possibilidade do resgate da moralidade do estado e, assim, aceitei o convite para essa missão de me candidatar a governador do estado do Tocantins.

2) Qual a contribuição o senhor pode trazer para o estado?

R: Minha maior contribuição é trazer a moralidade de volta ao nosso estado, não roubando e não deixando roubar. Fazendo uma administração eficiente, honesta e transparente, por meio de uma equipe técnica, o estado se desenvolverá livre de amarras e se tornará um orgulho de cada tocantinense.

3) O Tocantins é o estado mais novo da federação brasileira e nos últimos 20 anos não consegue eleger um governador que conclua o mandato, em função da corrupção. A que o senhor atribui esse resultado?

R: Lamentavelmente, a corrupção em nosso estado se tornou cultural. Muitos “políticos” fazem da política uma profissão, mas uma profissão cheia de segundas intenções, sem o devido respeito ao dinheiro público. É raro se encontrar um político com o verdadeiro propósito de trabalhar para o bem social, fazendo uma administração honesta e transparente, que utilize o dinheiro arrecadado dos impostos para trazer benefícios para todos, principalmente para os mais necessitados.

4) A saúde está um caos, cheias de falhas que vão desde a falta de estrutura física adequada, profissionais, técnicos, equipamentos, leitos de UTI, até a carência de medicamentos e insumos. O que o senhor pensa sobre o assunto?

R: A saúde no estado deve ser tratada com total prioridade. O gestor do estado tem, por obrigação, prestar um serviço minimamente digno a cada cidadão que necessita de atendimento. Um atendimento humanizado e de qualidade é uma obrigação do estado. A população das diversas regiões do estado não pode ficar dependendo de atendimento de maior complexidade unicamente no hospital geral de Palmas. Dentro de nosso plano de governo, procuraremos estruturar hospitais terciários nas maiores cidades do estado, de forma a atender os casos mais graves na própria microrregião, sem necessidade de deslocar o paciente até Palmas.

5) Durante a pandemia, por exemplo, perdemos em torno de 4.200 vidas em nosso estado. E isso não foi uma questão puramente estatística, foi resultado de má utilização do dinheiro público. Como analisa isso?

R: Um governante deve respeitar o cidadão, jamais pode deixar chegar a esse patamar de irresponsabilidade. A nossa saúde precisa com urgência de uma reforma estruturante.

6) A Segurança Pública tem um déficit de quase 6 mil policiais. Em 70 municípios do Tocantins, não existe um só policial para ajudar. Sendo o senhor um coronel, como pretende solucionar essa questão?

R: É uma questão de extrema importância para o nosso estado. Um povo sem segurança não consegue trabalhar com tranquilidade e dignidade. Percebo que há falta de planejamento estratégico na segurança pública. Gastou-se muito dinheiro com estudos para tentar resolver o problema, mas os governantes jamais colocaram em prática as medidas sugeridas, sempre deixando a segurança em segundo plano, como se este tipo de investimento fosse conflitante com as necessidades sociais do estado. Esquecem que a segurança também é um serviço social prestado à população de forma eficiente. Na verdade, nunca houve vontade política de se resolver a questão da segurança do Estado. Como profissional das armas que sou, sem dúvida, darei uma atenção especial para esta área, que abrangerá não só a Polícia Militar, mas também a Polícia Civil e as  Guardas Municipais. Tem que haver uma melhor integração das forças de segurança.

7) A Educação  caiu na avaliação geral no ranking de competitividade entre os estados brasileiros: o Tocantins ocupava a 13ª e caiu para a 14ª colocação. A secretaria de Estado da Educação possui hoje mais de 10 mil servidores comissionados ou contratados…São precários. Como o senhor pretende organizar essa pasta tão importante para o Estado?

R: A Educação é a base para o desenvolvimento de um país. É outra área que também está esquecida pelos governantes de nosso estado, sem um adequado planejamento estratégico de longo prazo. A precariedade oriunda do grande número de servidores comissionados e contratados é preocupante. Sem dúvida, esse fator tem contribuído para a queda na qualidade de nosso ensino. Essa perda de qualidade, além de atrasar o desenvolvimento do estado, certamente, contribui para a evasão escolar do jovem, fato esse que deveria ser uma preocupação dos governantes. Mas, infelizmente, o descaso continua. Com um planejamento adequado, por meio de concursos e outras políticas públicas, procurarei suprir as deficiências de servidores existentes e melhorar a qualidade de nosso ensino. O ensino terá uma atenção muito especial. Quero fazer um Tocantins melhor para nossos filhos e nossos netos e voltar a ocupar uma boa posição no ranking nacional.

8) As estradas estão em estado de precariedade tamanha que os buracos causam acidentes com vítimas fatais. Os municípios que ficam à margem direita do Rio Tocantins estão sem asfalto até hoje…Como o sr. pretende resolver esse problema antigo?

R: Nosso estado hoje é a fronteira do agronegócio no Brasil e, como tal, os governantes não poderiam ter deixado às estradas chegarem ao ponto de destruição a que chegaram. Além de prejudicar o escoamento da produção, as estradas em péssimas condições tem atingido cada tocantinense, na medida em que veículos são danificados e muitas vidas são ceifadas em acidentes. Há um descaso total pela manutenção da infraestrutura rodoviária. A situação das estradas está tão grave que, até mesmo as ambulâncias que necessitam fazer remoção de pacientes do interior para Palmas, têm sofrido acidentes, inclusive agravando o estado de saúde do paciente. Lamentável! Farei reformas estruturantes e ampliações das vias rodoviárias, de forma a atender as demandas de desenvolvimento do Tocantins. Assim como, farei estudos de viabilidade com o objetivo de desenvolver a infraestrutura para atender outros modais de transporte como o hidroviário e aéreo.

9) A cultura é algo esquecido pelos governos do Tocantins. O senhor é nativo da Capital da Cultura, onde artistas e ativistas culturais vivem dias ruins de total abandono. O sr. acha a Cultura importante para um povo? Como pretende dar vida a essa área tão esquecida pelos governantes?

R: Temos que reconhecer que a cultura são as nossas raízes, é o que nos identifica. Todos nós precisamos preservá-la, é ela que cria a nossa identidade e que norteia as próximas gerações. A cultura e as tradições de nosso Tocantins devem ser preservadas por meio de políticas públicas de incentivo, não só em Porto Nacional, mas em todo o estado. Há muitas tradições e festividades nos municípios, distritos e comunidades que estão sendo esquecidas pelos governantes que não oferecem nem mesmo uma estrutura básica, como banheiros com água, para receber os turistas. O acesso à cultura tem um valor muito importante e deve ser estimulado e facilitado à população.

10) A juventude não existe para os governos do Tocantins. Tanto que existe uma grande evasão de jovens para outros estados em busca de emprego e apoio. Como o sr. vai tratar a questão?

R: O jovem necessita de oportunidade e condições que o façam acreditar no seu futuro dentro do estado. É preciso que haja políticas públicas eficientes voltadas para a capacitação do jovem e que favoreçam o primeiro emprego. O primeiro emprego não é só questão de dignidade, é a valorização do suor de seu trabalho. O emprego faz melhorar a qualidade e a expectativa de vida da pessoa.  Dessa forma, faremos políticas públicas que gerem mais oportunidades, por exemplo, proporcionando cursos técnicos profissionalizantes, incentivando o programa “jovem aprendiz”, preparando melhor o caminho para o primeiro emprego. Paralelamente, serão colocadas em prática políticas públicas para atrair investimentos para o estado e, consequentemente, gerar emprego e renda que irão fazer a economia crescer e beneficiar, não só os jovens, mas todos os tocantinenses. É preciso reduzir a pobreza. É preciso fazer a economia crescer.

11) Empoderar a mulher é uma expressão que vem se tornando cada vez mais usada no país e que, com ações concretas, têm mudado e poderá mudar mais o lugar das brasileiras na sociedade. Como o sr. vai olhar o empoderamento feminino , uma vez que se trata do Partido da Mulher Brasileira?

R: O nosso dever é tornar esse mundo melhor para as mulheres. Podemos aprender muito com a liderança da mulher. A ideia de que a figura feminina, outrora tida como frágil e dependente, é capaz de viver sem violência e com dignidade, principalmente através de sua independência econômica, que entendemos como a base para o seu empoderamento. Valorizar o trabalho das mulheres que se juntam para enfrentar a dura realidade de violência e o preconceito de gênero é obrigação da sociedade atual. Assim, teremos alguns princípios e projetos destinados à mulher: Assegurar a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança; Tratar homens e mulheres de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não discriminação; Promover o desenvolvimento profissional das mulheres, incluindo as mulheres do campo; Trabalhar para eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas; Adotar e fortalecer políticas sólidas para promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.

No tocante à participação na política, o número de mulheres eleitas para o congresso tem crescido, mas muito timidamente ainda.  Cabe destacar, porém, que o PMB tem se afigurado como um dos partidos políticos com maior número de mulheres filiadas no Brasil. É de extrema importância à presença da mulher na política, principalmente na composição do Parlamento, de modo que possam discutir leis mais voltadas para o público feminino e, na verdade, são discutidos pela maioria masculina, como é o caso do aborto, da violência doméstica, do déficit salarial, etc. Não que os homens não possam falar de direitos femininos, mas há pautas historicamente lesadas.

Quem é o Coronel-Aviador Ricardo Macedo?

Filho do casal portuense, Cel. José Joaquim Ignácio de Macedo (in memoriam) e da senhora Maria Conceição Reis Macedo, 89 anos. Boa parte das férias da infância e adolescência de Ricardo foi vivida nas fazendas da família, Trindade e Capim Puba.

Ricardo tem oito irmãos: Luiz, Arione, Reinaldo, Ítalo, Ibanez, Alessandro, Adenauer e Luciana.

Aos 16 anos, o Coronel-Aviador Ricardo Macedo ingressou na FAB, por meio de concurso público. Depois de sete anos de formação militar, três na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) e quatro anos na Academia da Força Aérea (AFA) em regime de internato, quando se formou como piloto militar. Ainda como oficial militar, representou a FAB em Israel, junto à embaixada brasileira em Tel Aviv por dois anos. Quando retornou de Israel trabalhou no Ministério da Defesa, como assessor de planejamento estratégico. Passou para a reserva em 2018.

Casou-se em Natal com Rejane Dantas. O casal são pais de Rebecca (In memoriam) e de Rayssa, filha mais nova, formada em Relações Internacionais em Brasília e atualmente está cursando Direito.

Partido da Mulher Brasileira

Pré-candidato, o Coronel Ricardo Ignácio de Macedo é a favor da família, da pátria e contra a corrupção. Foi incentivado a entrar na política pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Politicamente, ingressou no PMB que tentou mudar de nome para “Brasil 35”, “Partido Brasil”, “Por mais Brasil”, entre outros, mas não conseguiu o aval em razão de regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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