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Governo do Tocantins participa de pesquisa sobre produtividade no trabalho remoto

O novo modelo de trabalho remoto que o Governo do Tocantins implementou durante a pandemia de Covid-19 impôs uma grande mudança na maneira de atuar no serviço público. Para entender este novo cenário e repensar um novo modo de desenvolver o trabalho, a Secretaria de Estado da Administração (Secad), participou nesta quarta-feira, 14, de uma reunião para apresentação de dados do trabalho remoto com os representantes do Ministério da Economia, Universidade Duke e Kayma.

Uma pesquisa realizada a nível mundial, feita em mais de 88 países com o apoio da Universidade de Duke e da organização não governamental Kayma Brasil, apontou como está sendo realizado o home office dos servidores da esfera Federal e Estadual.

O estudo obteve 39 mil repostas usáveis de 10 estados brasileiros. O Tocantins teve uma importante participação como ressaltou a pesquisadora do Center for Advanced Hindsight da Universidade Duke e diretora Brasileira da Kayma, Thais Gargantini Cardarelli.

O secretário da Administração, Bruno Barreto, destacou o trabalho desenvolvido pelo Governo do Tocantins no enfrentamento da pandemia e as medidas adotadas para o desenvolvimento do trabalho remoto.  “Estamos preocupados também com os reflexos do pós-pandemia, toda ajuda nesse sentido é importante para que tenhamos embasamento científico na hora de colocar em prática alguma medida, não só no aspecto da segurança, mas da produtividade dos servidores. Criamos o projeto de Saúde Mental para o servidor pensando em prestar um suporte essencial neste momento, e todas as medidas adotadas pelo governador Mauro Carlesse são no sentido de mitigar a proliferação da doença”, ressaltou.

Para o coordenador-Geral de Estudos Normativos e Segurança do Trabalho, do Departamento de Relações do Trabalho no Serviço Público Federal, do Ministério da Economia,  Fremy de Souza e Silva, as experiências já vivenciadas por outros estados são essenciais para o desenvolvimento e adequação das rotinas de trabalho.“Nós precisamos manter as atividades em dia, mesmo em meio à pandemia, claro que cada órgão precisa observar suas especificidades, como Sáude, Segurança, entre outros. Nós criamos um programa de liderança para justamente tentar se adaptar, pois estamos falando de novas formas de relação de trabalho, é um desafio para todos”, destacou.

Objetivos da pesquisa

Com os novos desafios impostos pelo trabalho remoto o estudo busca passar informações estratégicas para os governos na criação de uma política de trabalho remoto, tendo por base casos já desenvolvidos em outros países.

O levantamento buscou esclarecer por meio da percepção dos servidores a relação do trabalho home office e produtividade. Com base nas ferramentas de pesquisas de “Tempo Produtivo”, como explicou a coordenadora, Thais Gargantini, “é uma régua auto reportada de quanto o servidor está se sentido mais ou menos produtivo, ou seja, é a sensação dele com relação ao trabalho”, enfatizou.

Conclusão

De acordo com pesquisa houve uma redução da sensação de tempo produtivo de trabalho, de perda de produtividade e sensação de trabalhar mais, porém com o trabalho menos produtivo.

No Tocantins os servidores reportaram que antes de entrar no trabalho remoto, as pessoas se sentiam mais produtivas, também reportaram que estão trabalhando mais horas improdutivas.

A pesquisa revela que os profissionais que mais tiveram perda de produtividade foram os que têm filhos menores de 5 anos. Outro ponto destacado foi os recursos tecnológicos, os quais foram apontados como um dos maiores impecílios para o desenvolvimento do trabalho remoto eficiente.

Além disso, destaca-se o papel central que a confiança tem no trabalho remoto. A pesquisa demonstra que chefias que aumentaram o senso de vigilância por conta da falta de supervisão presencial, causaram o efeito contrário ao desejado: a queda de produtividade. De modo geral, nota-se que os servidores se saem melhor quando os supervisores acreditam neles e demonstram confiança.

Sobre os desafios da rotina de trabalho remoto com maior porcentagem foi citada a falta de interação com as pessoas, seguido pela divisão do tempo entre trabalho e lazer.

Vale ressaltar que essa pesquisa ocorreu durante maio e junho em mais de 88 países. No Brasil, foi aplicada pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Foto: Divulgação/Governo do Tocantins

Sugestão de Legenda

Foto01: Reunião apresenta resultados de pesquisa sobre Trabalho Remoto nos estados.

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