O procurador regional eleitoral no TRE-TO João Gustavo de Almeida Seixas deu parecer favorável a cassação dos mandatos da prefeita de Gurupi Josi Nunes e do seu vice Gleydson Nato. Ele ainda reafirmou à inelegibilidade dos dois e do ex-governador do Estado do Tocantins Mauro carlesse. O parecer saiu na terça-feira dia 12.
A vida da prefeita de Gurupi Josi Nunes (UB) não está sendo fácil, além dos problemas que enfrenta na gestão da cidade e a baixa popularidade; o processo de cassação do seu mandato e do vice Glaydson Nato (PTB) que tramita no TRE-TO, teve a Procuradoria Eleitoral se posicionando favorável a manutenção da decisão do Juiz da 1ª instancia Nilson Afonso da Silva que cassou os mandatos dos dois por abuso do poder econômico e politico.
O parecer do procurador João Gustavo de Almeida Seixas foi publicado na terça-feira dia 12 e pede também que o ex-governador Mauro Carlesse (Agir), seja declarado inelegível por 8 anos, em virtude da prática de abuso de poder político na campanha eleitoral de 2020.
Após a manifestação do MPE, o processo já está pronto para ser pautado e ir a julgamento no plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-T) que tem o poder de afastar imediatamente (Josi e Glaydson) dos cargos e convocar novas eleições ou manter os dois no cargos.
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Em dos trechos o procurador João Gustavo argumenta que todos os fatos levam à constatação de que Josi Nunes, Gleydson Nato então candidatos a (prefeito e vice) apoiados por Mauro Carlesse, que governava o Estado e tinha em Gurupi/TO seu principal reduto eleitoral, foram beneficiados por uma distribuição desproporcional de cestas básicas por habitante quando comparada com a que foi entregues em outros municípios tocantinenses e que se concentrou, no período próximo à data das eleições. “Ao assim agir, Mauro Carlesse, na qualidade, à época, de Governador do Estado, abusou de seu poder político, valendo-se da máquina pública estadual para influenciar de forma ilícita os eleitores de Gurupi/TO a votarem nos candidatos que apoiava”.
ENTENDA O CASO
Após a realização das eleições de 2020, uma Ação de Investigação (AIJE) foi protocolada relatando a Justiça Eleitoral da 2ª ZE que no curso das eleições, a candidata Josi Nunes teria sido beneficiada com uma grande estrutura do Governo do Estado, liderada na epoca pelo então governador Mauro Carlesse.
A Ação destaca o cometimento de vários crimes como: (cessão de servidores estaduais para coordenação da campanha e produção da propaganda eleitoral, contratação de serviços públicos e distribuição de cestas básicas sem critérios objetivos.