Adalberto Feitosa de Freitas Filho foi a Júri Popular por ter aceitado pagamento de R$ 1,5 mil para matar Arnaldo José Lemos.
Adalberto Feitosa de Freitas Filho, de 46 anos, foi condenado a 11 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato de Arnaldo José Lemos, morto em fevereiro de 2020 aos 70 anos de idade. O caso teve grande repercussão na época porque tanto a Polícia Civil como a Justiça concluíram que Arnaldo José encomendou a própria execução.
Ele teria pago R$ 1,5 mil a Adalberto, dado instruções sobre como o crime deveria acontecer e ainda assistido sentado em um toco enquanto a própria cova era cavada. Após levar a primeira punhalada, a vítima ainda teria sobrevivido e insistido que o assassinato fosse concluído.
A condenação de Adalberto foi em um julgamento por Júri Popular realizado na Comarca de Peixe, onde o crime aconteceu. A pena deve ser cumprida em regime fechado. Ele está preso preventivamente e vai continuar detido enquanto apresenta recursos à Justiça. Durante a audiência, o acusado confessou o crime. O G1 ainda aguarda retorno da defesa dele para comentar o caso.
Durante as investigações, a polícia descobriu que o idoso assassinado era foragido da Justiça. Arnaldo Lemos era considerado suspeito da morte da esposa, Deyse Furtado, em Minas Gerais. Esta teria sido a motivação dele para encomendar o crime.
Após enterrar o corpo do idoso, Adalberto Feitosa pegou carona com um policial militar. O PM disse em depoimento que o homem aparentava estar bêbado. Ele acabou sendo identificado porque tentou descontar o cheque entregue pelo idoso morto em uma oficina na cidade de São Valério.
O assassinato da esposa
Arnaldo era procurado pela morte de Dayse Furtado, assassinada a facadas alguns dias antes da morte dele. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, o casal teria discutido na noite do crime. Dayse e Arnaldo namoravam há dois anos, mas moravam juntos há apenas seis meses quando tudo aconteceu.
Segundo a família da vítima, o relacionamento dos dois era conturbado. Ele sentia ciúmes da mulher por causa do trabalho dela como leiloeira. Testemunhas foram ouvidas na delegacia e confirmaram o relacionamento abusivo.
Apesar das reclamações, Dayse nunca denunciou o companheiro.