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Idosa teme que 25 netos sofram desnutrição durante férias: ‘Não tem merenda’

Alimentação oferecida em casa não é suficiente para todas as crianças. Nutricionista dá dicas dos alimentos acessíveis e ricos em nutrientes.

Para muitas crianças, o período de férias escolares é o momento ideal para aproveitar o tempo livre em casa, brincar e fazer viagens, mas esta não é a realidade de todos os estudantes. As famílias mais carentes passam a ter dificuldades, já que nas escolas são oferecidas alimentações nutritivas que muitos alunos não têm acesso dentro da própria casa. Este é o caso dos 25 netos da dona de casa Creuza Ferreira. (Veja o vídeo)

Moradora do setor Taquari, na região sul de Palmas, a idosa, que vive em um barraco improvisado ao lado dos filhos e netos, conta que a casa cheia no mês de julho acaba preocupando. “A nossa alimentação é muito fraca. Cedo não tem merenda para as crianças. O almoço é o arroz com feijão e muitas vezes nem o arroz tem”, conta.

Ela mora ao lado dos barracos dos cinco filhos, onde os netos se dividem. Segundo ela, dois filhos não têm renda fixa e não é possível oferecer alimentações adequadas diariamente. Com todos os netos em casa, a comida não é suficiente.

Na família de Creuza, as refeições feitas nas escola garantem o crescimento saudável e evita a desnutrição infantil.

Eles recebem doações de cestas básicas de uma ONG da capital. “E aí a gente faz o almoço, o arroz e deixa para a janta. É uma situação precária”, lamenta.

A nutricionista Ana Karla Rodrigues explica que a situação prejudica o desenvolvimento das crianças. “A estatura é bastante prejudicada neste período que a criança precisa desses nutrientes. A parte cognitiva também, para desenvolver as atividades escolares”.

Ainda segundo a especialista, a estrutura física de uma criança não está relacionada com o quanto ela é saudável. “Temos crianças com excesso de peso ou sobrepeso que tem uma ingestão maior de calorias, porém são deficientes em muitos micronutrientes, vitaminas e minerais”, conta.

Este é o caso das crianças da família de Creuza. A profissional indica para as famílias carentes o consumo de alimentos naturais, já que existem opções mais baratas.

“O consumo de frutas e vegetais a gente consegue nas feiras livres com preço bem acessível nas nossas hortas comunitárias. O arroz com feijão, rico em aminoácidos, que é uma mistura bem completa para esta pessoa mais carente, e algumas frutas da estação”, diz.

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