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Indígenas da aldeia Rio Verde recebem capacitação com formação cênica da FETAC

Indígenas da aldeia Rio Verde recebem capacitação com formação cênica da FETAC

Após quase três meses de capacitação no campo das artes cênicas de Norte a Sul do Estado, o I Circuito Fetac – Circuito Estadual de Formação Cênica chegou aos indígenas. Uma oficina foi realizada na segunda-feira, 15, na comunidade indígena da Aldeia Rio Verde, localizada no município de Tocantínia.
Cerca de 30 indígenas receberam oficina de teatro “Construção da personagem: como parar de atuar”, ministrada pelo ator e diretor Léo Sampaio, com um viés mais técnico, apresentando elementos de trabalho na composição de personagens. Segundo ele, o resultado da oficina foi muito positivo. “A construção do personagem deve ser algo muito bem trabalhado por cada ator, cada atriz, indígena ou não indígena para que possamos dar vida ao personagem”, disse Léo Sampaio.
Ele acrescentou ainda que a motivação da oficina na comunidade indígena é pela busca das origens, que são indígenas, para todos os cidadãos. “Para o ator e para a atriz, o trabalho a construção do personagem passa pela origem, pela história. Então, levar os não-indígenas às aldeias foi uma forma de se aprofundar os conhecimentos sobre as suas origens”, ressaltou.

Ao final da oficina, a comunidade indígena se mostrou muito feliz e grata com o conhecimento adquirido durante o encontro, como relata Mauricio Xerente. “Nós estamos muito felizes por essa troca de saberes. Agradecemos ao pessoal que veio e é muito importante conhecer a cultura não-indígena, nós recebemos e passamos para os mais novos também conhecerem”, acrescentou ele.

O presidente da Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac) fala do intercâmbio artístico na aldeia indígena. “Estou muito feliz com essa integração de culturas e saberes que o Circuito tem promovido, fomos do Bico do Papagaio ao Sul do Tocantins. Chegar às aldeias é mais uma etapa que merece muita comemoração, que esses povos possam se integrar cada vez mais e conhecer as artes cênicas, para que o nosso fazer artístico seja cada vez mais amplo e democrático”, concluiu.


Cinthia Abreu

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