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Maduro anuncia vitória em eleição no Congresso; Guaidó diz ter sido impedido de participar

Luis Parra, deputado pró governo de Nicolás Maduro, é eleito o novo chefe do Congresso venezuelano. Oposição acusa votação de ‘golpe no parlamento’.

O deputado Luis Parra, aliado do governo, foi anunciado por Nicolás Maduro como o novo chefe do Congresso Nacional da Venezuela neste domingo (5), segundo a agência Reuters. A oposição, liderada pelo autodeclarado presidente Juan Guaidó, acusa a votação de ser um “golpe no parlamento”.

Os opositores afirmam que a votação não teve votos ou quórum necessário porque Juan Guaidó e os parlamentares contrários a Maduro foram impedidos de entrar na Assembleia Legislativa no momento do pleito.

Pelo Twitter, Guaidó afirmou que ele e um grupo de parlamentares estavam sendo impedidos por policiais e militares de entrarem no Palácio legislativo no momento da votação.

“Caso haja dúvidas de que a Venezuela vive uma ditadura: oficiais militares tentam impedir que os deputados cumpram seu dever de defender os venezuelanos, o povo que eles também juraram proteger”, escreveu Guaidó.

Guaidó acusa governo de Maduro de impedir sua entrada na Assembléia Legislativa da Venezuela durante votação. — Foto: Redes sociais/ReproduçãoGuaidó acusa governo de Maduro de impedir sua entrada na Assembléia Legislativa da Venezuela durante votação. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Guaidó acusa governo de Maduro de impedir sua entrada na Assembléia Legislativa da Venezuela durante votação. — Foto: Redes sociais/Reprodução

A oposição também acusa o governo de Maduro de oferecido malas de dinheiro para parlamentares votarem contra Guaidó, que é o atual presidente do parlamento e buscava uma reeleição para a gestão de 2020-2021.

Os EUA acusaram o governo de Maduro de “ir contra a vontade do povo e das leis” minutos após Luis Parra ser anunciado o novo presidente do Congresso venezuelano, segundo a Reuters.

Embate

Uma reeleição de Guaidó como líder do Congresso Nacional da Venezuela permitiria que a oposição continuasse pressionando pela saída de Maduro.

“Nem a ditadura ou o aparato repressivo do Estado podem decidir quem entra”, disse Guaidó, ao lado de uma barricada da polícia a um quarteirão do Congresso, de acordo com a Reuters. Ele disse que não entraria no Palácio legislativo até que todos pudessem entrar.

O deputado da oposição, William Barrientos, pró Guaidó, sobe em uma mesa para discutir com os legisladores após conseguir entrar na Assembleia Legislativa, neste domingo (5). — Foto: AP Photo/Matias DelacroixO deputado da oposição, William Barrientos, pró Guaidó, sobe em uma mesa para discutir com os legisladores após conseguir entrar na Assembleia Legislativa, neste domingo (5). — Foto: AP Photo/Matias Delacroix

O deputado da oposição, William Barrientos, pró Guaidó, sobe em uma mesa para discutir com os legisladores após conseguir entrar na Assembleia Legislativa, neste domingo (5). — Foto: AP Photo/Matias Delacroix

No começo da tarde, vários congressistas disseram, ainda segundo a Reuters, que não haviam conseguido entrar no Congresso. Perto do fim da sessão, os parlamentares conseguiram chegar ao plenário e, aos gritos, tentavam impedir a votação.

A televisão estatal venezuelana mostrou imagens de parlamentares socialistas passando sem problemas pelos cordões de segurança.

Maduro classifica Guaidó como um fantoche dos Estados Unidos e diz que os problemas econômicos do país são decorrência das sanções de Washington, que proíbe que empresas norte-americanas comprem petróleo do país ou façam negócios com o governo.

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