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MP vê ‘flagrante ilegalidade’ e pede anulação de edital para alugar aeronaves de luxo para governador do Tocantins

Governo pretende pagar até R$ 28,9 milhões por ano para que Carlesse possa viajar em jatinho, helicóptero e bimotor nos compromissos oficiais. Promotoria criticou a falta de pesquisa de preço e apontou indícios de direcionamento da licitação.

O Ministério Público do Tocantins entrou na Justiça pedindo a anulação do edital para alugar três aeronaves de luxo para transportar o governador do estado, Mauro Carlesse (PSL). A promotoria disse que há ‘flagrante ilegalidade’ na proposta e apontou indícios de direcionamento da licitação. O pedido ainda não foi analisado.

O documento é assinado pelo promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva. Ele criticou principalmente a falta de pesquisa de preços, dizendo que apesar da contratação ser milionária, o levantamento que embasou o edital foi feito com apenas três empresas.

“Apesar da magnitude da licitação em questão, que visava contratação de fretamento de aviões a jato executivo, bimotor e até helicóptero simplesmente não realizaram um levantamento minimamente razoável, satisfazendo-se com 3 orçamentos, sendo 02 empresas do Amazonas e 01 do Ceará. Ora porque não realizar uma pesquisa de preços ampla, com empresas de grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte, onde é sabido que existem as maiores frotas de aeronaves do Brasil?”.

 

O Governo do Tocantins foi procurado, mas não comentou o pedido judicial. O Palácio Araguaia apresentou as mesmas justificativas que tinha divulgado anteriormente, citando um agenda cheia do governador e questões de segurança. (Veja a nota completa no fim da reportagem)

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