A inadimplência dos clientes foi apontada por 50% dos empresários respondentes da Sondagem Industrial da Construção Civil como o principal problema ao desenvolvimento do segmento no 4º trimestre de 2019, de acordo com a pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os itens Elevada Carga Tributária e Falta de Capital de Giro aparecem em 2º e 3º lugar com 36,4% e 31,8%, respectivamente, das assinalações.
A pesquisa também traz indicadores de atividade da construção civil que, apesar de terem crescido neste 4ª trimestre em relação ao trimestre anterior, ainda não chegaram a valores que indiquem aquecimento do setor, o que acontece a partir de 50 pontos, de acordo com a metodologia da pesquisa. É o caso do Nível de Atividade que passou de 38,0 para 44,0 pontos e do Número de Empregados que cresceu de 36,0 pontos para 42,0 no 4º trimestre.
“Os indicadores apresentaram melhorias neste último trimestre de 2019 em comparação com o 3º trimestre. No entanto, nota-se que o nível de atividade ainda segue abaixo do usual com expectativa de queda para os próximos meses na percepção dos empresários entrevistados”, complementa a coordenadora da pesquisa, Gleicilene Bezerra, citando o indicador de Atividade em Relação ao Usual que passou de 30,2 para 37,5 pontos.
O cenário se repete na avaliação da situação financeira que, em indicadores como o de Satisfação com a Margem de Lucro Operacional e com a Satisfação Financeira que, somados, cresceram mais de 24 pontos em relação ao trimestre anterior, mas que ainda indicam insatisfação dos empresários com as finanças.
Em relação aos indicadores de Expectativas, que mensuram perspectivas para os próximos 6 meses, o resultado mostra que o segmento da construção civil ainda não prevê a retomada do crescimento. Todos os índices da pesquisa nesta área ficaram abaixo da linha de 50 pontos (Nível de Atividade – 49 / Novos Empreendimentos – 46 / Compra de Insumos e Matérias-Primas – 47 e Número de Empregados – 43. Este resultado indica um cenário pouco animador na visão dos empresários, apesar de também terem crescido em relação ao período anterior e se aproximarem da linha divisória que indica otimismo.
O estudo completo está disponível no portal da FIETO link Estudos e Pesquisas.