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PF cumpre novos mandados em investigação sobre pagamento de propinas no Plansaúde

Mandados foram cumpridos em Palmas, Brasília (DF) e Itajaí (SC). Operação recebeu nome de Baco, um deus festeiro, em referência à conduta de alguns investigados.

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (14) mandados de prisão temporária, busca, apreensão e sequestro de bens relacionados ao suposto esquema de pagamento de propinas no Plano de Saúde dos Servidores do Tocantins – Plansaúde. Um dos alvos foi um morador de um condomínio de luxo no centro de Palmas. Os nomes não foram divulgados.

Os mandados foram determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e cumpridos em Palmas, Brasília (DF) e Itajaí (SC). A operação contou com participação de servidores da Receita Federal.

A investigação é um desdobramento da Operação Hygea, que levou ao afastamento do governador Mauro Carlesse (PSL) e outros agentes públicos do governo do Tocantins no mês de outubro. Os indícios também levaram a abertura de um processo de impeachment contra o político na Assembleia Legislativa do Tocantins.

A ação desta terça-feira (14) foi chamada pela Polícia Federal de Baco, uma figura mitológica ligada ao lazer e às festas, fazendo referência à conduta identificada em alguns investigados.

Investigações

 

O governador Mauro Carlesse é ex-integrantes do governo estadual são alvos das operações Hygea e Éris. A primeira apura um suposto esquema de propinas relacionado ao plano de saúde dos servidores públicos, na época chamado de PlanSaúde.

Segundo as investigações, para receberem pelos serviços prestados, empresários e hospitais precisavam pagar propina para os operadores do esquema. Um dos pagamentos, inclusive, foi registrado em vídeo e o arquivo entregue á Polícia Federal.

A segunda operação investiga suposta interferência do governador em investigações da Polícia Civil para obstruir investigações e vazar informações aos investigados.

Pedidos de impeachment

 

Os fatos investigados pelo Superior Tribunal de Justiça e pela Polícia Federal levaram ao surgimento de quatro pedidos de impeachment contra Mauro Carlesse na Assembleia Legislativa do Tocantins. Um dos pedidos foi aceito na semana passada, mas desde então o governador afastado não foi encontrado para ser notificado. Isso tem impedido o andamento dos trabalhos.

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