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Pioneiros da saúde relembram momentos marcantes de suas vidas na Capital

Com apenas 34 anos de história, a capital caçulinha do Brasil acolheu e encantou várias pessoas de diversas regiões do país. Os que vieram, aqui ficaram, constituíram família e ajudaram no desenvolvimento da cidade e da saúde pública municipal. Neste sábado, 20, Palmas celebra mais um ano de existência e os pioneiros da Secretaria Municipal da Saúde (Semus) relembram momentos marcantes de suas vidas e mencionam uma característica em comum: o amor pela saúde e pela cidade.

Seu Ivan Cariri, fiscal da Vigilância Sanitária (Visa), é natural do Maranhão e veio para o antigo Goiás ainda pequeno. Morou em Gurupi e Cariri do Tocantins, mas em janeiro de 1992 foi contratado para trabalhar na Capital. Em junho do mesmo ano fez o concurso do município, passou e por aqui ficou. Ele conta que logo no início eram apenas quatro agentes para fiscalizar todos os comércios. Hoje em dia, a Visa é divida em três setores: um direcionado somente para a alimentação, outro para a saúde e outro voltado para o interesse à saúde que abrange o monitoramento, fiscalização e liberação de alvará de postos de gasolina, lava-jato, hotéis, motéis, oficinas mecânicas, entre outros, que é onde o servidor atua.

“Para qualquer lugar que se olhava, só enxergava poeira. Eram poucos imóveis e a maior dificuldade na época era o transporte para atender todos servidores. Mas à medida que Palmas foi crescendo, as demandas também iam aumentando e essa questão foi se normalizando”, comentou Cariri.

Hoje em dia, com três filhos criados e duas netas, está na véspera de se aposentar, mas afirma que não imagina viver em outro lugar. “Eu sou daqui de coração e é aqui que quero continuar.” Quem se identifica com isso também é o enfermeiro Josevaldo Nepomuceno que veio do Pará em 1999. Ele foi o primeiro profissional de enfermagem da Unidade de Saúde da Família (USF) Bela Vista. Atuou durante nove anos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e atualmente trabalha na Unidade de Pronto Atendimento Sul (UPA Sul).

Ele conta que sempre gostou de ajudar pessoas e a área da saúde despertava interesse nele por causa da mãe que era parteira. “Eu vim de uma faculdade muito boa, mas minha enfermagem melhorou muito e eu acredito que não só a minha, como a de muitos aqui e quem tem a ganhar com isso é a população”, pontua Nepomuceno. Ele comenta ainda que os profissionais da área sempre fazem treinamento e atualização dos serviços. “Pude presenciar o quanto isso é importante quando eu infartei com 45 anos e foram meus colegas do Samu que me assistiram.”

Josevaldo afirma que é fascinado por Palmas e por isso fez questão de trazer toda a família para morar aqui. Casado, com filhos criados e com uma netinha, ele fala que o trabalho de desenvolvimento na Capital é de formiguinha, mas que está fazendo a sua parte para deixar o melhor para as próximas gerações. “A minha expectativa para Palmas é a melhor possível, afinal quero que minha família continue aqui”, completa.

O sentimento de amor por essa cidade também é presenciado pela paulistana Karina Ramos. “Não fui eu que escolhi Palmas, foi Palmas que me escolheu, eu não conhecia a região norte e antes mesmo de formar, enviei meu currículo e fui contratada”, comentou. Ela conta que lembra perfeitamente de quando chegou aqui. “A Capital só tinha um prédio, já era quente e tinha muita poeira, mas mesmo assim fiquei encantada com as avenidas largas e a paisagem, de um lado cercada por serra e do outro o lago”.

A enfermeira veio trabalhar no hospital comunitário do Estado em janeiro de 2003 e em 2006 passou no concurso do município e foi trabalhar no Núcleo Henfil, onde atua até hoje. Ela conta que foi uma escolha dela trabalhar com a população que possui Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) porque percebia que era um público discriminado. “Infelizmente já presenciei um caso em que a pessoa que foi excluída completamente da casa em que morava e precisava fazer as necessidades no mato e tomar banho de mangueira por causa de ignorância”, pontua.

No Henfil, ela conseguiu desenvolver vários projetos de ação extramuro em casas de prostituição, em escolas, feiras, entre outros locais, para disseminar o máximo de informação para a população. A sua cadelinha, conhecida como Zara Ramos – cão prevenção, vestida de preservativos, também ajudou ela em diversas atividades. “Palmas é uma cidade bastante acolhedora e nesses 34 anos de existência ela evoluiu muito, a minha expectativa é que tenha cada vez mais prosperidade”, deseja Karina.

 

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