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Relatora da CPI das Fake News diz que operação da PF comprova linha de investigação da comissão

Para deputada Lídice da Mata, ações da polícia ‘reafirmam a existência de uma rede voltada à disseminação de notícias falsas’.

A deputada Lidice da Mata (PSB-BA), relatora da CPMI das fake news, em fala no plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), afirmou em nota divulgada nesta quarta-feira (27) que a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta manhã para apurar suspeitas de disseminação de notícias falsas, comprova a linha de investigação da comissão.

Ao todo, a operação teve 29 mandados de busca e apreensão. As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

A lista de alvos de mandados de busca e apreensão inclui nomes como o ex-deputado federal Roberto Jefferson; o empresário Luciano Hang, dono da Havan; e os blogueiros Allan dos Santos e Winston Lima.

“A Operação de hoje, realizada pela Polícia Federal, com base em despachos de busca e apreensão de inquérito do STF, converge e comprova a linha de investigação da CPMI das Fake News no Congresso Nacional”, afirmou a relatora.

Segundo Lídice, as operações de busca e apreensão realizadas nesta quarta reafirmam a existência de uma rede voltada à disseminação de notícias falsas, financiada por empresários e integrada por políticos e agentes públicos, de acordo com a deputada.

“Teremos agora importantes novos elementos que nos ajudarão a desmontar essa rede de ódio, inverdades e impunidade que vem ameaçando o própria existência da democracia e dominando a política nacional desde as eleições presidenciais de 2018”, escreveu.

A CPMI das Fake News é formada por 15 deputados e 15 senadores. O grupo tem como finalidade a investigação de ataques cibernéticos que atentem contra a democracia e o debate público.

Deputados e senadores também analisam a utilização de perfis falsos para influenciar resultado das eleições de 2018, a prática de cyberbullying e o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

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