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Ruraltins recebe representante indígena paradar continuidade aos projetos de bovinocultura na Ilha do Bananal

Em continuidade à iniciativa do Governo do Tocantins, de incentivar as famílias indígenas na implantação do próprio sistema de produção de pecuária, por meio do acesso ao crédito rural, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) recebeu na manhã desta sexta-feira, 20, o cacique Wagner Maerea Javaé, da comunidade Boto Velho (Javaé). A visita à diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural teve como finalidade a apresentação dos documentos necessários que serão encaminhados ao banco. O novo gestor, Fabiano Miranda, também recebeu o representante em seu gabinete.

A ação é parte da execução do Mutirão do Agrocrédito, voltado para o levantamento técnico de informações que possibilitem, à gerência de Crédito Rural do Instituto, apoiar as comunidades indígenas na elaboração de projeto de bovinocultura. Na segunda quinzena de agosto, uma equipe do Ruraltins esteve na região da Ilha do Bananal para levantamento dessas informações técnicas com a finalidade de desenvolver projetos voltados para as comunidades indígenas das aldeias Boto Velho (Javaé) e Lankraré (Krahô-Kanela).

“Houve uma demanda por parte dos indígenas porque eles sentiam a necessidade de ter o seu próprio rebanho, uma vez que essa região se caracteriza por arrendamento das pastagens nativas para produtores rurais de fora da ilha, então eles [indígenas] sentiram a necessidade de criar o seu próprio gado e garantir melhoria na renda familiar”, destacou o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Marco Aurélio Gonçalves.
“Primeiro foi feito o planejamento, executamos as visitas, ficamos uma semana na ilha fazendo todos os levantamentos socioeconômicos e geográficos onde vai ser instalado o projeto produtivo da pecuária de corte, e com isso houve esse desdobramento, após isso a construção do projeto em escritório, apresentação dos documentos por partes dos indígenas, as declarações da Funai [Fundação Nacional do Índio], e agora ele veio trazer os últimos documentos e acertar sobre as tratativas para inserção dos projetos no banco”, explicou o diretor.

Para atender as comunidades indígenas da ilha do Bananal nos projetos de bovinocultura, já existe um crédito pré-aprovado no valor de R$ 500 mil na primeira etapa pelo Pronaf, via Banco da Amazônia.

O indígena Wagner Javaé reforçou o interesse em buscar o recurso para as famílias da sua comunidade. “Nós temos uma área propícia para a criação de gado, para a agricultura, e, como o governo Federal abriu essa exceção para que nós tivéssemos acesso ao recurso do Pronaf [Programa Nacional da Agricultura Familiar], nos interessamos em fazer o projeto. Lá nós somos 36 famílias, mas inicialmente serão cinco famílias para experimentar, saber como vai funcionar”, disse.

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