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Unidades de conservação do Jalapão iniciam prevenção às queimadas com manejo do fogo

Em decorrência da contratação permanente dos brigadistas pelo Governo do Estado, este ano a prevenção às queimadas e incêndios florestais iniciaram mais cedo. Diferente do ano passado, ocasião que a prevenção por meio de treinamentos com o Manejo Integrado do Fogo (MIF), começou no mês de junho.

 

Para enfrentar o período de estiagem, desde meados do mês de abril, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) deu início as queimas prescritas e as queimas controladas na região do Jalapão. O método consiste em fragmentar grandes áreas do bioma Cerrado, para redução do capim seco. A técnica é adotada por vários países para prevenção de grandes incêndios florestais durante o período de estiagem.

 

As queimadas são planejadas e têm como objetivos renovar o capim nativo para o gado, manejo do capim dourado, preparo da roça, proteção das matas e nascentes, além de proporcionar outras benfeitorias. As atividades são implementadas por meio dos gestores do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, brigadistas, agentes ambientais municipais e comunitários locais.

 

Foram realizadas visitas nas comunidades quilombolas que residem no interior e entorno do PEJ e da APA do Jalapão com a finalidade de pactuar o calendário de queima e dialogar com os comunitários sobre o planejamento participativo. As visitas foram realizadas nos meses de março e abril.

 

Segundo Reinaldo de Sousa, supervisor do Parque Estadual do Jalapão, todas as atividades seguem a metodologia do Manejo Integrado do Fogo (MIF). Ele explica que um dos principais pontos é pactuar objetivos da Unidade de Conservação com as propostas dos comunitários.

 

O gestor relata que em razão do isolamento social, neste ano não aconteceram às reuniões participativas locais. Entretanto, todas as propriedades das comunidades, Boa Esperança, Mumbuca e Carrapato foram visitadas por técnicos do Parque e APA do Jalapão.

Souza afirma que as queimas são de baixa intensidade e realizadas no período da tarde, quando se observa a direção dos ventos e a temperatura. Ele informa que a meta é alcançar um total de 100 quilômetros de aceiros. “Temos que proteger os atrativos turísticos e estruturas da Unidade de Conservação. Com o MIF, a previsão é que a redução de grandes incêndios na região do PEJ seja cerca de 80% a menos do que no ano passado”.

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Peterson Ornelas, coordenador de Segurança Contra Incêndios da sede do Naturatins, dos Parques, Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf), e das APAs, unidades de gestão do Naturatins, diz que as atividades do MIF consideram o conhecimento empírico da comunidade sobre as queimadas, quando ao invés de apenas combater as queimadas e incêndios, as queimas prescritas possibilitam antecipar os focos de calor de maneira preventiva, especialmente em áreas de proteção ambiental.

 

“Sabemos que o fogo sempre foi utilizado como elemento de conservação da biodiversidade, por essa razão é importante trabalhar juntamente com as comunidades locais, para que as queimas sejam realizadas em períodos, locais e frequências apropriados, para que tragam os benefícios previstos”, resume o tenente-coronel.

 

Ornelas explica também que cada Unidade de Conservação tem um calendário próprio de queimas, que ocorrem de acordo com suas particularidades. Segundo ele, a partir da próxima segunda-feira, 4, todas as demais Unidades de Conservação do Tocantins darão início às queimadas controladas realizadas pelos brigadistas do Naturatins e comunidades inseridas nas unidades.

 

O presidente do Naturatins Sebastião Albuquerque destaca que a contratação permanente dos brigadistas pelo Governo do Estado, já demonstra um grande avanço na prevenção e conservação dos recursos naturais do Cerrado. Isso porque os brigadistas iniciaram o Manejo Integrado do Fogo, desde meados do mês de abril.

 

“Como as queimas controladas começaram ainda no período chuvoso, verificamos que essa antecipação, vai favorecer muito o nosso Cerrado. A previsão é que até o final de junho, as áreas críticas que correm risco de incêndio tenham sido manejadas e quando chegar os meses mais quentes do ano, as espécies da fauna e da flora não sofram com as queimadas”, afirmou Albuquerque.

 

MIF

O Manejo Integrado do Fogo (MIF) consiste no planejamento, implementação, monitoramento e avaliação do fogo, além das técnicas difundidas de prevenção e combate, aspectos ecológicos, sociais e econômicos das comunidades envolvidas.

 

Calendário

Com a proposta de prevenir as queimadas também em outras Unidades de Conservação, o calendário do Naturatins prevê serviços de roçagem, queimas prescritas e visitas às comunidades locais da Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado (APASL), Parque Estadual do Cantão (PEC), Parque Estadual do Lajeado (PEL) e Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf).

 

As atividades também vão contemplar o Centro de Fauna do Tocantins (Cefau). Na Área de Proteção Ambiental (APA) Lago de Palmas, o trabalho será de limpeza nas margens da rodovia que liga Luzimangues ao município de Porto Nacional.

 

Sugestão de legendas

 

Foto 1 – Pontos turísticos do Jalapão é alvo do Manejo Integrado do Fogo para evitar incêndios florestais

 

Foto 2 – Brigadistas analisam área a receber ações de queima controlada

 

Foto 3 –  Vegetação próxima às dunas do Jalapão recebem técnicas do MIF

 

Foto 4 –  Brigadista do Naturatins realiza queima controlada na região do Jalapão

Foto 5 – Todas as queimas são de baixa intensidade, realizadas sempre no período da tarde, observando os ventos e a temperatura

 

 

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