Inquérito da Polícia Federal também investiga remoção de delegados e produção de documentos falsos. Investigação ocorre dentro da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afastou o governador Mauro Carlesse (PSL) e secretários do governo do Tocantins também atingiu cargos de chefia na cúpula da Polícia Civil do Tocantins. A investigação que ocorre dentro da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi denominada Éris e busca desarticular uma suposta organização criminosa que atuaria obstruindo investigações e vazando informações aos investigados.
Foram afastados da cúpula da segurança pública:
- Cristiano Barbosa Sampaio – Secretário de Segurança Pública;
- Raimunda Bezerra de Souza – Delegada-geral da Polícia Civil;
- Cinthia Paula de Lima – Diretora da Escola Superior de Polícia (ESPOL) e delegada;
- Gilberto Augusto Oliveira Silva – Chefe da Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (Decor) e delegado de Polícia Civil;
- Servilho Silva de Paiva – Secretário-executivo da SSP;
- Ronan Almeida Souza – Corregedor-geral da SSP;
- Ênio Walcacer de Oliveira Filho – Delegado-chefe da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos;
- Rudson Alves Barbosa – gerente de inteligência da Casa Militar e major da Polícia Militar.
Também foram afastados um escrivão de Polícia Civil, três agentes de polícia e um major da Polícia Militar. O g1 ainda tenta contato com a defesa dos citados.
Ainda não há informações sobre a participação de cada investigado no suposto esquema criminoso. Apesar disto, a Polícia Federal informou que “o governo estadual removeu indevidamente delegados responsáveis por inquéritos de combate à corrupção conforme as apurações avançavam e mencionavam expressamente membros da cúpula do estado”.