O deputado Zé Roberto Lula (PT) defendeu a ampliação de medidas de
distanciamento social, ampla vacinação, toque de recolher e até um
lockdown no combate ao novo coronavírus no Estado do Tocantins. Para
ele, a situação é crítica e urgente. “O mês de março será crítico e tem
um sócio: o presidente Bolsonaro. Ele boicota todas as medidas que visam
minimizar os efeitos da pandemia. Precisamos reagir a isso!”, afirmou.
O deputado justificou seu posicionamento, tendo em vista a superlotação
dos hospitais e a falta de UTIs, que já comprometem a capacidade de
atendimento do sistema de saúde do Estado. “Sabemos que fragiliza a
economia, mas o governo federal tem recursos suficientes para socorrer a
população mais carente”, afirmou Zé Roberto.
O parlamentar cobrou ao Governo do Estado maior engajamento nas medidas
de combate à covid-19, conforme posicionamento do Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (Conass), que defende uma condução nacional
unificada para o enfrentamento da pandemia.
No entanto, outros deputados propõem uma postura mais flexível para o
enfrentamento da crise. De acordo com Elenil da Penha (MDB), é preciso
encontrar consensos para os problemas econômicos e sanitários. “A
situação é crítica, mas urge discutir a situação em busca de soluções
sustentáveis”, concluiu.
O deputado Júnior Geo (PROS), por sua vez, chamou a atenção para a forma
utilizada pelos gestores no combate ao vírus. “Precisamos avaliar melhor
se o enfrentamento à pandemia é feito de maneira adequada e eficiente”.
Ele cita como exemplo a ausência de um programa de testagem em massa e
um acompanhamento sistemático das pessoas infectadas. “O que foi feito
no Tocantins e aqui em nossa capital?”, questionou.
Penaforte Diaz
Foto: Clayton Cristus